PERGUNTA A ...
 
 
     
Hugo Soares
 
José Lopes
O Professor Salcêdo trouxe-nos uma perspectiva muito interessante, da qual a nossa geração não deve abdicar: Tornar central a responsabilidade na sociedade. Deixou ainda apelos aos partidos para que sejam agentes colectivos de uma mudança necessária.

Reparo com alegria que participam nesta UV 100 jovens empenhados na actividade cívica e altruísta - fazer política e com tristeza o facto de uma elevada percentagem desses jovens olhar para a política como um fim em si mesmo.

Basta observar o “Gostaria de Ser”.

Penso que o caminho não é ser um grande político, mas antes um bom profissional, uma pessoa séria que em determinado período pode fazer política. Que pensas disso?

Como podemos orientar a nossa juventude para a cultura da responsabilidade, do empenho e do trabalho?

Zé,
Não vejo mal nenhum de um jovem assumir com frontalidade a sua vontade em ser político. É a mais nobre das artes.
Agora se me perguntares se defendo a necessidade de um percurso de independência face à carreira política, aí não tenho dúvidas: claro que sim! Faço disso gáudio, e sempre o farei!
José Bastos Pinto
Boas Hugo.



Não corremos o sério risco de, de perder alguma força de intervenção nas ruas? Isto porque temos a internet como uma arma e uma grande amiga, é verdade, mas também a temos como uma inimiga. Com a proliferação de blogs, redes de opinião e redes sociais, estamos a assistir a uma nova forma de activismo político, aquele que se faz atrás do anonimato de um ecrãn de computador até com um nome falso se quisermos e feito por qualquer cidadão. Consideras isto um problema que se pode tornar "preocupante" para a nossa estrutura? È que hoje em dia já não precisamos de ser militantes, de nos comprometer com um projecto ou uma estrutura...para fazermos política...



Abraço!
Zé,
Considero. Por isso é que sou grande defensor da proximidade e da rua. Ninguém confia num político que não conheça. E no poder local isso é ainda mais importante. É por isso que, nas campanhas autárquicas, sou grande defensor do porta a porta, do contacto direto, da ação de rua. Só assim trazemos gente para a política: com confiança.
abr
Simão Pedro Santana
Porque é que continuamos a ver em vários concelhos e freguesias do nosso país a relegação para segundo plano de vários jovens com capacidade e formação para ocuparem lugares importantes nas listas para as autárquicas? O que pode a JSD fazer neste sentido?
Simão,
Ser resilientes. Temos que continuar a apostar na formação, na excelência e na participação. Quando os quadros da JSD não são reconhecidos quem perde são as candidaturas e as populações. Embora julgue que cada vez mais temos tido o nosso espaço e cada vez mais se reconhece a capacidade e a preparação dos quadros da JSD.
Rodolfo Cardoso
Hoje em dia um homem (ou 1 mulher) pode adoptar uma criança individualmente e, no final do processo de adopção (quando a criança ficar à sua guarda) assumir uma relação homossexual. Sendo esta realidade possível, não seria mais benéfico aproveitarmos para legislar/regrar a co-adopção homoparental?
Rodolfo,
Parece-me importante, como já conversamos, revisitar todo o regime da adopção para torna-ló mais rápido, transparente e regulado.
Pedro Ferreira
Caro Deputado Hugo Soares, que estratégias e políticas visa a Juventude Social Democrata aprensentar no combate ao desemprego jovem?
Pedro,
O desemprego é o maior flagelo que Portugal (e a Europa) enfrenta e a nossa maior preocupação. Temos já programas que o ajudam a mitigar, como o Impulso Jovem. Mas eu não tenho ilusões: sem transformarmos as bases da nossa economia (como estamos a fazer), sem voltarmos a industrializarmos o país (como estamos a fazer), sem requalificarmos o nosso ensino (como espero que venhamos a fazer), sem nos libertamos do peso do Estado, não há criação de emprego sustentável. Temos que ser sérios nesta discussão e fazê-la sem demagogia. É isso que eu quero que a Jota faça: com contributos sérios e responsáveis, como temos feito, para estas reformar que são urgentes!
Rodolfo Cardoso
No âmbito da formação e visto ser um tema que suscita opiniões bastante distintas (co-adopção homoparental), de forma a fazer chegar a mais militantes da Jota a informação e os argumentos (a favor do Sim e a favor do Não), qual é a possibilidade de replicar o modelo de debate de hoje (co-adopção: sim ou não?), por outras zonas do País?
Parece-me uma excelente ideia! É uma questão de nos organizarmos!
Simão Pedro Santana
Gostaria de saber, porque desconheço, se a JSD tem algum papel em actividades de voluntariado como por exemplo "Limpar Portugal"?

Caso não faça parte, não poderá ser uma boa forma de voluntariado e de dinâmica junto das pessoas nas várias concelhias onde a JSD está presente?
Olá Simao,
A Comissão Politica Nacional já teve e terá iniciativas desse cariz. Mas normalmente esse tipo de iniciativas que eu valorizo e acho absolutamente meritórias são realizadas pelas concelhias.
Jorge Ribeiro
Como é que vês a utilização de armas químicas na síria?

Que consequências terá para a Europa e Portugal?
Olá Jorge,
Aqui fica o comunicado que enviei, em nome da Jota, sobre esta matéria e que julgo esclarecedor:


Quantos euros ou dólares vale uma vida?
Os direitos humanos não podem ser uma expressão vã, têm de ter consequências!
A Juventude Social-Democrata repudia e lamenta profundamente os ataques com armas químicas que vitimaram centenas de cidadãos sírios, entre eles dezenas de crianças.

Os direitos humanos não podem ser uma expressão vã com a qual os políticos gostam de acenar em cerimónias solenes. Têm de ter consequências e chegou a altura da comunidade internacional intervir num país onde a chacina se transformou numa prática.

Se a crise financeira internacional é um problema, a luta pelos direitos humanos é uma prioridade! Afinal, quantos euros ou dólares vale a vida de uma criança?

Para a JSD a luta por estas vidas é primordial, por isso se exorta aos mais altos responsáveis das Instituições internacionais e aos chefes de Estado mundiais a agirem para pôr cobro à barbárie a que se assiste na Síria.

Nós, jovens de uma geração que nasceu num país livre e em paz, insurgimo-nos contra as atrocidades que acontecem no Mundo e que estão neste momento a acontecer na Síria.

A defesa dos Direitos Humanos faz parte da matriz da JSD e da génese do nosso povo.
Inês Silva
Hugo, partilhámos o mesmo distrito, o de Braga. Gostava de saber se pensa que em Braga existem oportunidades suficientes a nível político ou se ainda é necessário fomentar a cultura política, de modo a que cada vez mais os jovens residentes neste distrito possam ter sucesso nesta área. Obrigada
Olá Inês. Também no nosso distrito, como em todo o país, é preciso criar condições para a participação política e, ao mesmo tempo, dar espaço e oportunidades aos jovens. Acho que políticas de fomento à participação e as tais oportunidades de que falei são sobretudo responsabilidade das Câmaras Municipais através dos conselhos municipais da juventude e dos partidos nas composições das listas candidatas.
Cátia Coutinho
O que pensa sobre o chumbo do tribunal constitucional à proposta do aumento para 40 horas de trabalho semanais? Concorda ou não com este chumbo? Acha que o tribunal constitucional tem agido da melhor forma perante a situação do país? Obrigada!
Olá Cátia? Se me voltares a tratar por "você" não te respondo a nenhuma pergunta ;)

Uma pequena correcão: O TC não chumbou a lei "das 40" chumbou a lei da requalificação dos funcionários públicos. É verdade que uma e outra fazem parte da necessidade de modernizar a administração publica.
Quanto ao chumbo do TC, dizer que eu tenho discordado de varias decisões daquele tribunal, designadamente no Orçamento. Esta é daquelas que melhor compreendo. Acho que a lei deve ser densificada (melhor explicada, se quiseres) no que diz respeito às causas dos despedimentos, mas também acho que o TC tem tido uma visão absolutamente estanque e fechada da CRP que coloca em causa a possibilidade de fazermos coisas que o País há muito precisa. Mas amanha, no discurso de encerramento, falarei sobre isso ;)
Cátia Coutinho
Pertenço a uma JSD local e em ano de eleições gostaria de saber quais os conselhos que dá, como lider da "nossa" juventude para uma campanha melhor, diferente e acima de tudo mais jovem, com mais mudança? Obrigada!
Olá Cátia,
A minha sugestão é proximidade, irreverência e exemplo.
Proximidade porque só junto dos nossos eleitores os podemos convencer das nossas propostas e ideias. Se não falarmos com as pessoas elas não nos conhecem.
Irreverência porque não podemos estar acomodados. Propostas diferentes, arrojadas e originais. Se quiseres posso-te dar alguns exemplos ;) A JSD vai enviar a todas as secções um KIT com várias propostas.
Exemplo porque temos de liderar pelo exemplo: seriedade, transparência e companheirismo.
Boa sorte,
Bjinhos
Aníbal Cunha
Olá Hugo, queria perguntar-te o que é que o tu eleges como a principal diferença e a principal semelhança entre as dificuldades de um jovem que tem hoje 18 anos e as dificuldades que tu passavas quando tinhas os mesmos 18 anos?
Olá Aníbal,
Com franqueza acho que quando eu tinha 18 anos (não foi assim há tanto tempo, raio!) as preocupações são as atuais: o drama de escolher o nosso caminho; de conjugarmos o sonho com a empregabilidade do mesmo; a vontade de participar e saber onde.
Hoje, acho até que as ferramentas e oportunidades à disposição de um jovem de 18 anos para se realizar mais e melhores.
No fundo, a minha maior preocupação era ser feliz. E queres saber? Sou porque sempre segui com determinação, muito empenho e responsabilidade o meu caminho: adoro ser advogado, sou realizado a fazer Politica e estou preenchido pela família!

Ana Sofia Silva
Como foi chegar a presidente da Juventude social democrata?
Olá Ana,
Chegar a presidente da jota é um misto de dois sentimentos: um grande orgulho, mas uma gigante responsabilidade. O Legado ( a maiúscula é propositada) que a JSD transporta é enorme. Somos em cada momento a voz de uma geração e devemos saber sempre o peso daquilo que propomos, defendemos e criticamos.
Ser da Jota, Ana, é ser diferente! Ter vontade de mudar e dizer a toda gente que vale a pena acreditar! (é do nosso hino...)
Ana Carolina Almeida
Caro Hugo Soares:



A juventude social democrata, tal como qualquer organização, tem defeitos e sempre algo a melhorar. Na sua opinião quais são os principais defeitos? Que medidas devem ser tomadas para os combater?
Olá Ana,

A JSD não tem defeitos, tem coisas que funcionam menos bem ;) Julgo que o maior desafio é ter a capacidade para envolver nas posições nacionais, quer nos contributos quer na sua divulgação.
Fazer de uma estrutura com mais de 50.000 militantes uma enorme rede geracional é o nosso desafio!
Muito baixinho, posso-te dizer que o que encaro mais como defeito são algumas coisas (que são normais em todas as estruturas, todas!) de luta pelo poder. Mas faz parte!
Nuno Magalhães
Numa altura em que os jovens cada vez mais se encontram desligados do movimento político e, consequentemente, do panorama político nacional, como poderá a JSD ser capaz de ser um veículo de formação política, tanto nas instituições de ensino como fora delas?
Nuno,
Liderando pelo exemplo. Se formos transparentes e credíveis estamos a aproximar as pessoas da política. Repara, se fizermos aquilo que dissermos, se as pessoas que nos conhecem souberem que somos pessoas como as outras, com a diferença que queremos colocar aquilo que de melhor temos ao serviço dos outros, as pessoas voltam a acreditar na política. Cabe à nossa geração fazer este caminho!
De facto, pese embora eu considere que as pessoas estão mais próximos da política (daquilo nos rodeia), estão cada vez mais afastados dos políticos.. Com seriedade, sem demagogias que só nos prejudicam, mas mostrando que não somos todos iguais temos que ser capazes de trazer os jovens para as causas de todos nós porque no fundo são as causas deles.
Do ponto de vista interno, ferramentas como as várias formações (como a UV, as universidades do poder local e da europa, os sub18) são fundamentais para a posta na formação.
Nuno Lopes
Acha que com o crescente descrédito que a política tem sofrido através dos seus agentes (deputados, ministros, presidentes de junta, presidentes de câmara, etc) continua a haver a motivação mínima/necessária para que os jovens se filiem a partidos políticos, sejam eles quais forem?
Nuno,
Concordo com a tua análise. De facto, pese embora eu considere que as pessoas estão mais próximos da política (daquilo nos rodeia), estão cada vez mais afastados dos políticos. É por isso que defendo que temos que ser líderes pelo exemplo. Com seriedade, sem demagogias que só nos prejudicam, mas mostrando que não somos todos iguais temos que ser capazes de trazer os jovens para as causas de todos nós.
Marta Quintino Boura
Enquanto Presidente da JSD, de que forma seria possível fomentar um espírito político mais activo numa população jovem cada vez mais desmotivada?
Marta,
Eu não acho que a nosso geração esteja afastada da política. Está é afastado dos políticos. Porque não acreditam, porque perderam a confiança. Mas a verdade é que os jovens se preocupam com o seu futuro e o futuro coletivo; prova disso é o aumento de movimentos inorgânicos e a participação nas redes socais.
Cabe-nos ser diferentes. Sérios, transparentes e persistentes. Se assim for, estou convencido que liderando pelo exemplo, com responsabilidade, vamos conseguir reconquistar a juventude portuguesa! Ferramentas como o sub18 e a UV são exemplos de actividades que dignificam a JSD e que devemos potenciar juntos dos nossos amigos!
Maria Desidério
Enquanto lider da JSD e representante de muitos estudantes universitários, nao consideras um ataque forte as universidade, a proibição de criação de novas receitas próprias? Nao ira criar uma discrepância entre aquilo que são as universidades publicas e privadas, principalmente na área da investigação ?
Maria,
Tive hoje mesmo a oportunidade de esclarecer esse assunto com o Eng. Carlos Moedas.
Não é disso que se trata. O que foi pedido às Universidades é que não "empolem" as receitas próprias para que não defraudem expectativas no orçamento.
Resumindo, as notícias que saíram não correspondem à verdade!
Maria Ana Condessa
No XXII Congresso Nacional da JSD (onde foi eleito presidente da JSD) apresentou a sua candidatura com a Moção de Estratégia Global “Cumprir Portugal”. Que medidas tem em mente tomar, ou já tomou, para realmente tornar Portugal global?
Maria,
A JSD tem defendido várias propostas ao nível interno que podes acompanhar pelo site, pela comunicação social ou até subscrevendo a nossa newsletter.
No plano "global" eu assumi o compromisso de discutir a construção europeia. Por isso, logo na semana seguinte ao congresso escrevi ao Presidente da Comissão Europeia com um conjunto de propostas para uma Europa mais forte e mais justa. Além disso, no YEPP, que é a estrutura de juventude em que nos inserimos na Europa, temos tido uma intervenção muito muito constante. Desafio-te a acompanhar este trabalho e a dares contributos!
José Lopes
Hugo a JSD tem o privilégio de poder contar com um conjunto de ativos profissionais muito interessantes que podem enriquecer a atividade parlamentar e legislativa. Como pode um jovem técnico ser útil à atividade parlamentar? Porque não criar uma rede de jovens quadros que auxiliem os nossos deputados nas suas áreas. Eu estou pronto.
José! Essa é uma excelente sugestão. Temos que falar sobre isso.
Jorge Ribeiro
Sendo que os mercados não acreditem que Portugal evite um segundo resgate, qual é a sua opinião sobre o assunto?O que acha?Será que é preciso?

Jorge,
Trata-me por tu!
Estou absolutamente convencido que Portugal não vai precisar de um segundo resgate. Os sinais positivos do valor da dívida em mercado, mas sobretudo os sinais de recuperação económica (embora ténues ainda) parecem apontar para a correcção do caminho que estamos a seguir.
No entanto, quando nos libertarmos da Troika teremos de certeza um programa cautelar para regressar mercados, ou seja, seremos acompanhados pelo BCE e pela Comissão.
João Pedro Ceia
Até que ponto as juventudes partidárias devem ter a ousadia de lançar para o debate público certas questões fracturantes que os partidos políticos, dado o seu status quo, não têm tanta liberdade para o fazer?
João,
Não só nas fraturantes como em todas as outras. Para a JSD não pode haver tabus; para a JSD não há questões sacralizadas que não podem ser postas em causa. Sempre independentemente do Partido. Agora, com franqueza que te digo, eu prefiro lançar o debate sobre um tema como a revisão constitucional do que sobre a adopção. Acho que há questões que são de consciência e outras de geração! Nós devemos preferir as de geração!
João Loureiro
Os jovens de hoje estão cada vez mais de costas voltadas para a participação politica. Como representante de uma Juventude Partidária, qual será a melhor forma de os incentivar a uma maior e mais activa participação na vida política ?
João,
Liderando pelo exemplo. Se formos transparentes e credíveis estamos a aproximar as pessoas da política. Repara, se fizermos aquilo que dissermos, se as pessoas que nos conhecem souberem que somos pessoas como as outras, com a diferença que queremos colocar aquilo que de melhor temos ao serviço dos outros, as pessoas voltam a acreditar na política. Cabe à nossa geração fazer este caminho!
João Figueiredo
1) O número de desempregados tem vindo em crescente, ainda que recentemente os dados tenham referido uma ligeira descida. O que preocupa à Juventude Social Democrata, é que nestes valores estão mais de 40% dos jovens portugueses colocados. Que estratégias pode a juventude partidária propor de forma a combater esta realidade social, sem que emigrar seja cenário único e tendo em conta os incentivos ao empreendedorismo jovem existentes?

2) Uma das bandeiras da Moção de Estratégia Global apresentada pela Juventude Social Democrata diz respeito a uma reorganização do ensino superior e aposta num ensino profissional de qualidade. Tendo em conta que o número de desempregados com cursos superiores é crescente e num ano que regista uma baixa significativa do número de candidatos ao ensino superior, poderá ser este o sinal para a reforma educacional proposta pela juventude do partido?

3) Por várias vezes se colocou a questão e o debate sobre a eventualidade de Portugal deixar a moeda única, tendo o Primeiro Ministro, o Presidente da República entre outras personalidades de Estado defendido o sentido europeu e a necessidade de uma Europa mais unida e consequentemente mais forte, de forma a combater períodos de crise como os que ainda estamos a ultrapassar. Para que esta Europa surja forte, sólida e unida, não precisará de uma igual reforma dos seus mecanismos que passe por mais do que uma eleição da comissão por sufrágio directo?
João,

1) O desemprego é o maior flagelo que Portugal (e a Europa) enfrenta e a nossa maior preocupação. Temos já programas que o ajudam a mitigar, como o Impulso Jovem. Mas eu não tenho ilusões: sem transformarmos as bases da nossa economia (como estamos a fazer), sem voltarmos a industrializarmos o país (como estamos a fazer), sem requalificarmos o nosso ensino (como espero que venhamos a fazer), sem nos libertamos do peso do Estado, não há criação de emprego sustentável. Temos que ser sérios nesta discussão e fazê-la sem demagogia. É isso que eu quero que a Jota faça!

2) Não tenho dúvida. O ensino superior precisa de uma profunda requalificação da rede, mas também da sua lógica. Tem que ser virado para o mercado de trabalho e para especialização sem esquecer a ciência.
Já se percebeu que o modelo está esgotado. Vamos trabalhar nesse sentido.

3) João: não podia estar mais de acordo. Para as instituições serem fortes, têm de ter legitimidade democrática. Esse é o ponto.
João Paulo Ameixa
Imagino que o papel de presidente de uma das maiores e mais emblemáticas juventudes partidárias do país, seja para si, uma grande responsabilidade. Como encara esta responsabilidade?
Joao, em primeiro lugar com enorme orgulho. Mas é verdade que sobretudo com grande responsabilidade. Mas a sensação de responsabilidade é otima. Sentires que representas mais de cinquenta mil jovens que querem, por sua vez, representar uma geração exige de ti uma seriedade constante, muita determinação, sangue frio para não cederes às demagogias fáceis e muito trabalho!
Em suma: encaro com grande orgulho, mas sobretudo com muita vontade de não vos desiludir. Todos os dias!
João Loureiro
Actualmente os Portugueses sofrem directamente o resultado de anos de políticas socialistas que estavam muito para além da capacidade do país. Hoje pagamos a divida que outros nos deixaram. Nas próximas eleições corremos o risco de mais uma vez cairmos no domínio gastador e ruinoso do Partido Socialista. Será que estamos a comunicar e a divulgar correctamente e de uma forma efectiva tudo o que de bom se tem feito nestes últimos anos ? Será que a generalidade dos jovens compreende o que tem sido feito por eles e pelo seu futuro ?
João, acho que não. Acho que devemos fazer muito melhor do ponto de vista da comunicação e explicação. Mas também essa é uma missão de cada um de nós. Eu costumo dizer que se cada um pegar na sua bicicleta e pedalar nós fazemos distribuir a mensagem. Sou daqueles, e já o disse publicamente, que acredito que vamos ganhar as eleições em 2015. Se o caminho que estamos a fazer, como estou convencido, der resultados (e eles já começam a aparecer) nós não vamos deixar os socialista voltarem às políticas que nos trouxeram até à bancarrota.
João Paulo Ameixa
Para uma pessoa melhorar e ter um desempenho cívico e político excepcionável, é recomendável ler, pois os livros são uma das maiores fontes de conhecimento do mundo. Indique um (uns) livro(s) que considere essencial para esse maior desempenho.
João,
Sugeria que seguisses os indicados pelos nossos convidados. Tens aí grandes escolhas.
Acho que deves ler coisas bem diferentes entre si, mas assim de uma penada deixo-te três de índole completamente diferente:
Os Maias, Eça, porque servem para te divertir e conhecer bem o Portugal de há um século (muito parecido com atual, em algumas coisas);
Biografia de Sá Carneiro, Miguel Pinheiro
O Velho e o Mar, Ernest Hemingway
Daniel Pinheiro
Sendo esta geração apelidada da mais bem preparada política e civicamente, não acha que por vezes é difícil confiar na juventude para cargos de responsabilidade, independemente da qualidade demonstrada?
Daniel,
Há, de facto, ainda alguma resistência em depositar confiança nos jovens. Mas isso parece-me que está a mudar. Aquilo que eu tenho a certeza é que quando depositam confiança em nós, nós agarramos essa oportunidade. Essa é a prova que somos uma excelente geração e com vontade de participar.
Henrique Pessoa
Bom dia Hugo Soares,



Enquanto líder da JSD qual foi a medida mais difícil de tomar.
Caro Henrique,
Não te sei identificar uma. Mas posso-te dizer que posições como a que tomámos relativamente aos sindicatos merecem uma profunda reflexão antes da decisão. Temos sempre consciência do impacto daquilo que defendemos. A verdade é que todas as nossas posições públicas são sempre muito maturadas por uma razão: sabemos que somos a voz de uma geração e de uma grande estrutura que é a JSD.

Filipe Santana Lopes
Caro Hugo Soares,



Vou expor-te um pensamento meu, e que eu gostaria que pensares nela e que me dessas a tua opinião sobre isto:

Cá em Portugal, os alunos tem 2 meses e meio de férias e tem aulas desde das 9h00 até as 17h00, deixando os alunos sem tempo para poderem participarem em atividades de enriquecimento extracurricular.

Já a Alemanha, eles só tem um mês de férias e as aulas são das 8h00 até as 14h00, havendo só 2 dias em que vai até as 17h00. Desta forma os alunos tem tempo para participar em várias atividades de enriquecimento extracurricular.

Não seria benéfico nós cá adotarmos o mesmo sistema, não construíamos desta forma jovens ainda mais capazes?



Abraço
Caro Filipe,
Acho que é um modelo interessante.
Vale a pena estudá-lo e pensar nisso. Aparentemente parece-me bem melhor.
Obrigado pela dica!
Carlos Alberto Miranda
Caro Hugo,

Portugal, após o 25 de Abril de 1974 apresentou sempre défices orçamentais e como não poderia deixar de ser esta situação conduziu o país à actual situação financeira. Pelo que, é indiscutível a necessidade de reduzir os gastos públicos. Sendo a esmagadora maioria da despesa pública constituída por despesas sociais, parece-me difícil manter o estado social em Portugal. É possível evitar o fim do estado social?
Carlos,
Tem que ser. O Estado Social é uma conquista da qual não podemos abdicar. A questão é que Estado Social podemos pagar e que prestações sociais pode / deve o Estado continuar a garantir de forma gratuita. É evidente, para quem quiser ser sério nesta discussão, que o atual modelo é insustentável. Por isso é preciso encontrar alternativas. Sou e serei intransigente a defender que ninguém, por não condições financeiras, pode ficar de fora do acesso à educação e à saúde. Mas defendo que quem pode, deve pagar.
Sugeria que lesses a moção publicada em cumprirportugal.pt onde desenvolvo mais a minha / nossa visão sobre o Estado Social.
Carlos Alberto Miranda
Hugo, como sabes o estado português financia o recurso ao aborto, desde que cumpridos os requisitos legais. Consideras que o respeito pelo dinheiro dos contribuintes deveria levar o PPD/PSD a alterar a legislação sobre esta matéria, ou seja, quem quiser recorrer ao aborto deve pagar?
Carlos,
Não.
Julgo que a reflexao que se deve fazer é se o Estado, indiscriminadamente, deve financiar sempre a interrupção voluntariada gravidez, ou seja, independentemente das vezes que a mesma pessoa o faça.
Carlos Alberto Miranda
Hugo, como avalias a reforma laboral levada a efeito pelo actual governo? E por outro lado, consideras que seria positiva a liberalização do mercado de trabalho em Portugal?

Carlos,
Considero positiva.
Acho que Portugal precisa de dar passos para equiparar a nossa legislação laboral com os regimes europeus. Hoje, a legislação laboral é um factor de competitividade e de atracção de investimento estrangeiro. Assim, darmos passos no sentido de flexibilizar (e não liberalizar) o mercado no sentido de ser fácil contratar, ou seja, de um empresário poder contratar quando verdadeiramente precisa sem ter que ter as amarras de um compromisso vitalício parece-me positivo.
Carlos Alberto Miranda
Hugo, o futuro da integração europeia é um tema fundamental e existem várias soluções. És favorável à possibilidade de se avançar para o federalismo?
Carlos,

Sim, sou. Nao sei se para um federalismo como o identificamos nos Estados Federais, mas para um próximo passo de integraçao, seguramente. Mais Europa é, de certeza, melhor Europa.
Carlos Alberto Miranda
1) Para as próximas eleições presidenciais tem-se referido o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, o Dr.º Pedro Santana Lopes, o Dr.º Durão Barroso e a Dr.ª Leonor Beleza como potenciais candidatos. Na sua opinião, quem é o melhor candidato da direita nas próximas eleições presidenciais?

2) O actual governo deve promover uma redução substancial do peso do Estado na economia? E posteriormente reduzir a carga fiscal sobre as empresas e famílias?

3) Considera que a segurança social tem um problema de sustentabilidade? Entende que a JSD deve defender um modelo de capitalização por contraponto ao actual modelo de repartição?

4) Considera que Portugal precisa de uma nova Constituição?

5) Define-se ideologicamente como sendo de direita?
Carlos,

1) Uma resposta à "político do antigamente": julgo que ainda é cedo para fecharmos esta decisão. A nossa família política oferece à sociedade um vasto conjunto de escolhas. A esses nomes podemos juntar Marques Mendes ou Assunção Esteves. Não faltam nomes. Vamos esperar pela disponibilidade pessoal de cada um!

2) De forma sucinta: lapidar. É mesmo esse o caminho.
Uma nota só: reduzir o peso do Estado na economia e o peso do próprio Estado!

3) Sim. É claro hoje que a segurança social tem um grave problema de sustentabilidade. A nossa geração, se nada for feito, não vai fazer a discussão do corte nas pensões ou da idade das reformas; vai fazer a discussão da existência ou não de reforma. É por isso que temos que actuar. Defendo a alteração para um modelo de capitalização misto, mas reconheço que ele tem custos de financiamento de transição que não conseguimos hoje assegurar. O Governo tem este problema sinalizado e está a fazer reformas profundas na segurança social com vista a dar-lhe sustentabilidade (corte nas pensões, regime de convergência, idade da reforma, etc)

4) Sim, precisa.
Sou um grande defensor da máxima "cada Geração uma Constituição". Falarei sobre isso no Domingo; agora não quero dar dicas para o trabalho de grupo ;)

5)Costumo dizer, com um sorriso malandro, que sou o socialista possível.
Sou de direita na defesa da pessoa humana no centro das políticas. Sou de direita na defesa do mercado livre e de uma forte regulação.
Sou social-democrata na defesa dos mais desfavorecidos e na distribuição de riqueza. Sou social-democrata porque somos solidários.
Bruno Vieira
Depois do mandato do Duarte Marques, que deu visilidade e importância na cena nacional à JSD, quais são os principais desafios que existem e como pretende "deixar a marca"?
Bruno, a JSD é muito mais do que os seus líderes. Dito isto, não escondo que a capacidade das lideranças para a afirmação da estrutura é fundamental para o sucesso do JSD. Ser líder da Jota é assumir um grande legado. Quero, com responsabilidade e sem demagogia, afirmar uma nova forma de estarmos na política. Fazer da justiça inter-geracional a nossa marca; fazer da ética e da transparência a nossa matriz; fazer da revisão constitucional o nosso objectivo como alteração de paradigma de sociedade. Acho que o mais importante é colocar a JSD a discutir e a ter opinião sobre aquilo que nos rodeia e não nos deixarmos acantonar: a JSD é tão mais relevante quanto estiver "sentada à mesa" dos grandes assuntos. Essa é a nossa mais valia: a visão jovem e "desempoeirada" sobre o que nos rodeia.
Aníbal Cunha
Olá Hugo, queria perguntar-te o que é que o tu eleges como a principal diferença e a principal semelhança entre as dificuldades de um jovem que tem hoje 18 anos e as dificuldades que tu passavas quando tinhas os mesmos 18 anos?
Carlos Alberto Miranda
Hugo, no governo socialista liderado pelo Eng.º António Guterres foi criado o rendimento mínimo garantido. Entretanto governos liderados pelo PPD/PSD já alteraram a denominação desta prestação social para rendimento social de inserção e alteraram alguns aspectos referentes à atribuição da mesma.

Contudo, parece-me que uma prestação social deste género não se coaduna com a matriz ideológica do nosso partido. Qual é a tua opinião sobre esta matéria?
João Paulo Ameixa
Sendo o Presidente da JSD, terá claramente que estar em constante contacto com os Presidentes das JSD Distritais, qual é o seu papel para com estes líderes regionais? Como é o vosso nível de envolvimento na manutenção da JSD?
Nuno Lopes
Caro Hugo Soares sendo este ano a sua primeira edição enquanto presidente da JSD como analisa agora que estamos prestes a chegar ao fim esta UV2013?
Rodolfo Cardoso
Hugo, o que achas do facto da administração da RTP (que é uma televisão pública), dar palco (como comentador) ao engenheiro José Sócrates, sabendo todos nós que há várias histórias "cinzentas" e por clarificar envolvendo a governação do mesmo?