Boa tarde a todos e a todas. Bem-vindos à Universidade de Verão 2013.
Eu sou a Maria Teresa Azóia e em 2012, eu e o Simão Ribeiro fomos alunos da décima edição da Universidade de Verão da JSD, do PSD e do Instituto Francisco Sá Carneiro que é, sem dúvida, a melhor formação política em Portugal.
Tivemos o privilégio de sermos escolhidos para um grupo de cem alunos e há um ano atrás éramos, eu e o Simão, quem estávamos aí sentados. Chegámos motivados e com muitas expectativas. Encontrámos caras conhecidas, caras novas e muitas caras simpáticas para nos receber. Comum a todos nós é a vontade de fazer a diferença, a vontade de aprender e de viver ao máximo a experiência a que nos propusemos. Percebemos que esta UV se revelaria ser muito mais do que expectávamos e muito mais do que um simples aprofundar e aprender sectário de temas cívico-políticos.
É isso também que pretendemos para vós: uma semana que vos deixe humanamente muito mais ricos, mas sobretudo uma semana de muita aprendizagem, de partilha e crescimento. Vai ser uma semana de muito trabalho, mas não se assustem: a diversão também está garantida e não vai faltar tempo nem oportunidade para fazer novos amigos. Esperamos que esta semana vos permita, tal como a nós nos permitiu, voltar a casa mais preparados, mais informados e mais motivados para cumprir o papel de cidadãos mais activos, na política e fora dela.
Vou deixar-vos com o vídeo que resume a décima UV 2012.
Votos de uma excelente semana para todos.
Bem-vindos à UV 2013!
[APLAUSOS; VÍDEO]
Carlos Coelho
Senhor Secretário-Geral do PSD, o homem que trouxe para Castelo de Vide a realização da UV, senhor Presidente da JSD, senhores directores-adjuntos e deputados à Assembleia da República Duarte Marques e Nuno Matias, Teresa Azóia em representação dos conselheiros, senhor Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide (a quem teremos o prazer de saudar de forma especial no jantar formal de abertura, dentro de momentos), senhor Presidente da Assembleia Municipal e da secção do partido, senhor deputado Cristóvão Crespo e Presidente da Distrital, meus amigos e amigas, sejam todos bem-vindos à UV 2013.
Tenho à minha frente um conjunto muito diversificado de pessoas: várias idades e proveniências geográficas, participantes de todo o País, pessoas sem experiência política e também pessoas que já estão a exercer cargos de responsabilidade, pessoas que não têm desejo especial de fazer actividade política e muita gente disponível e com vontade de fazer intervenção cívica e responsável. Estão aqui militantes do PSD e da JSD, e pessoas que não têm nenhuma militância partidária, cidadãos independentes.
Nesta sala encontram-se também pessoas que estão desde a primeira edição de 2003. Todos eles, todos nós, damos a cara no "Quem é Quem?” que vocês preencheram nas fichas de candidatura e que estão nas pastas de documentação que receberam. É uma forma de nos revelarmos um pouco, dizermos o que somos, o que sonhamos, o que desejamos e do que mais apreciamos. Estou certo de que no final desta semana vamos todos nos conhecer um pouco melhor, mas desde já através do "Quem é Quem?” conhecemo-nos um bocadinho.
Foram seleccionados num processo que é sempre angustiante. Desta vez foram pouco menos de 300 candidatos. É sempre angustiante porque fico com a sensação de que deixámos escapar alguém que era muito bom e que não passou no crivo de selecção. Devo dizer que até hoje nunca tivemos a sensação contrária, de que tínhamos errado ao escolher os melhores, pois até agora todos os vossos colegas deram o seu melhor e honraram a participação na UV desde 2003.
O júri de selecção é colectivo, não sou eu quem toma as decisões; presido a um júri, dou a cara pelas decisões perante o Secretário-Geral do partido e do Instituto Francisco Sá Carneiro, mas é um júri colectivo.
Você foram, portanto, seleccionados pela vontade conjunta de várias pessoas que integraram o júri e que votaram em vós. Aquilo que vos peço é que ao longo desta semana provem que tivemos razão, que não errámos e que acertámos nos melhores para participar na UV 2013.
Para nós, vocês são por isso uma selecção nacional e vão ver que vos tratamos como tal, na organização, no rigor, na qualidade do programa e dos oradores, e em todos os pequenos detalhes de que se vão aperceber ao longo desta semana.
O que queremos? Apenas uma coisa: que saiam desta experiência, no próximo domingo, com mais vontade de fazer intervenção cívica responsável.
Conheci em Estrasburgo, no Parlamento Europeu, um homem chamado Fernando Savater, sociólogo, filósofo, dirigente do movimento "Basta Ya!” contra o terrorismo basco, que recebeu o prémio Sakharov no Parlamento Europeu. É o autor do livro que vos recomendo: "Ética para um Jovem”. Em 1997, Savater escreveu: "Se o que nos ofende ou preocupa é remediável, devemos pôr mãos à obra; se o não é torna-se ocioso deplorar porque este mundo não tem livro de reclamações”.
Pois bem, meus amigos, este mundo não tem livro de reclamações e se há mesmo alguma coisa que nos ofende, nos preocupa, nos escandaliza e que podemos alterar devemos pôr mesmo mãos à obra, mas ao fazê-lo nunca devemos nos esquecer do que Francisco Sá Carneiro nos ensinou quando dizia que a política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha.
Esta é outra ideia, outro sublinhado, com que gostaríamos muito que saíssem daqui, com esta convicção reforçada de que a intervenção cívica deve ser feita com um esforço sério e uma grande preocupação ética.
Todos receberam umdossiercom o material essencial, que já tem muita informação e que vai-vos permitir, através das argolas, juntar mais informação ao longo da semana. Nessedossiertêm o "Quem é Quem?”, os currículos de todos aqueles que vão passar pela UV, o programa e páginas em branco para juntarem as vossas notas e comentários. Mas têm uma coisa muito importante que são as regras. Vocês vão ver que há regras para tudo: jantares, trabalhos de grupo, assembleias e aulas. Mas há cinco regras que são capitais; são simples mas são muito importantes.
A primeira é ter vontade; ninguém está aqui obrigado, está aqui quem quer estar, candidataram-se, foram seleccionados e pagaram a vossa taxa de inscrição.
A segunda é querer saber mais; diz-se que a curiosidade é sinal de inteligência. Se não errámos na nossa escolha tenho à minha frente curiosos e curiosas que ao longo desta semana vão querer saber mais.
A terceira é ser pontual. Tenho para mim que uma das principais causas da falta de competitividade no nosso país é a incapacidade de cumprir horários. Faço-vos o mesmo apelo que fiz a todos os alunos da Universidade de Verão desde 2003 e torno a fazer hoje em 2013.
Ao longo destes 11 anos o país apercebeu-se que os jovens social-democratas fazem aqui a diferença, praticando o rigor. Nesta universidade fazemos tudo a horas e para nós, uma iniciativa que começa às dez, não começa às dez e meia, ou dez e um quarto, ou sequer às dez e cinco. Tudo começa e acaba a horas, e com isso fazemos uma grande diferença relativamente ao que infelizmente é mais comum em Portugal.
A quarta regra é ser solidário; serem solidários com os vossos colegas e com o grupo onde estão integrados, mas sobretudo com todos os participantes desta grande família que é a UV.
Finalmente, a última regra é serem construtivos, dando a vossa opinião, não hesitando em dar sugestões aos vossos coordenadores, conselheiros e a mim próprio.
Como é que vão ser os vossos dias? O dia típico tem duas aulas, uma de manhã e outra à tarde, tem trabalhos de grupo e um jantar-conferência. Vão ver pelo programa porém que também há dias atípicos. O dia de amanhã, por exemplo, começa às dez em ponto, com a porta a ser aberta vinte minutos antes para que exactamente às dez horas estarmos a começar a aula de Ambiente e Energia com o nosso Ministro, o Eng.º Jorge Moreira da Silva. Esta aula vai até ao meio-dia, se houver muitas perguntas pode ir até ao meio-dia e meia, sendo que a essa hora, aconteça o que acontecer, acaba a aula.
Podemos ir para o almoço no primeiro andar, que com excepção de amanhã é sempre um almoço livre de confraternização. Amanhã teremos no final do almoço um briefing técnico sobre a revisão da Constituição da República Portuguesa, para vos dar elementos que permitam construir o vosso trabalho de grupo deste ano que será sobre a Constituição. Depois voltamos aqui. A partir das duas e dez a porta estará aberta e às duas e trinta iniciar-se-á a aula de Economia com o Secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro, Eng.º Carlos Moedas. Esta aula termina às quatro e meia e se houver perguntas pode ir até às cinco horas, mas aconteça o que acontecer termina às cinco.
Outra vez no primeiro andar, encostado às mesas de refeição, teremos um pequeno lanche para fazer uma pausa entre a aula da tarde e os trabalhos de grupo que começarão exactamente às cinco e meia. Peço-vos sempre para terminarem os trabalhos de grupo às sete, mas sei que vocês não me respeitam e que vão continuar a trabalhar, a querer pedalar e acabam por atropelar o início do jantar. Peço-vos que pelos menos às sete e meia terminem para poderem espairecer um pouco, apanhar ar, entre os trabalhos de grupo e o jantar que começa sempre às vinte horas com um momento cultural protagonizado por vós, como explicarei mais tarde.
Vai haver participação vossa nas aulas, nos trabalhos de grupo, nas assembleias, nos jantares e vão perceber que há momentos em que participam em nome do vosso grupo pois foram mandatados por ele e que há momentos em que participam a título individual; é o exemplo do "Catch the Eye” que é um instrumento que depois vos explico e funciona apenas nas oito aulas. Há participações individuais nas quais em todas elas, com excepção das avaliações e do "Aprendi que…” (que referirei dentro de alguns minutos) há a possibilidade de fazerem através da net.
Nós temos uma universidade interactiva e podem fazer tudo através da Intranet e recomendo que o façam, porque no passado aconteceu que alguns dos vossos colegas não se reviram naquilo que escreveram porque a caligrafia era tão original que quem passou as contribuições para o computador não percebeu algumas palavras. Se fizerem vocês mesmos no computador têm a certeza que escrevem aquilo que queriam dizer e não aquilo que outros interpretaram.
Vão receber sempre impressos em papel, até para vos recordar que o podem fazer, mas a maior parte das vossas intervenções individuais podem fazer através da Intranet.
Esta é uma imagem da nossa rede, como podem ver em cima temos uma área pessoal onde entram com o vosso nome. Já receberam com as vossas pastas o vossologinepasswordque devem alterar personalizando-a, para evitar que algum dos vossos colegas mais engraçadinhos ponham na Intranet alguma coisa que vocês não queriam. Assim, têm a certeza que as vossas participações estão assinadas por vós e validadas pela vossapassworde são mesmo aquilo que querem fazer.
Podem também fazer as vossas participações através dos vossos computadores, temoswirelessque cobre o rés-do-chão e o primeiro andar, ou podem usar um dos dez computadores que estão numapoolcomum na sala de jantar logo à entrada. Recomendo que utilizem estes instrumentos para a vossa participação.
A universidade interactiva também inclui o JUV, que é o Jornal da Universidade de Verão, que vocês recebem todos os dias. Já receberam n vossa pasta a edição número zero, que é de boas-vindas. O JUV sai todos os dias por volta das duas da manhã. Portanto, na madrugada de amanhã vão ter o JUV colocado por baixo da vossa porta. As edições estão personalizadas com o vosso nome e fotografia, para saberem qual é a vossa cópia.
Quem faz o JUV é o Paulo Colaço, o Júlio Pisa, a Inês e o José Baptista, mas como o Paulo disse no filme sobre a UV 2012 quem vai construir o JUV vão ser vocês. Porque cada um dos vossos grupos vai fazer o YouJUV que é uma participação especial que explicarei melhor na reunião com os vossos coordenadores. Além disso, vão ter oportunidade de, ou por vossa iniciativa, ou por iniciativa do Paulo Colaço, responder a perguntas, colocar questões, fazendo participações não-obrigatórias.
As participações não-obrigatórias são sobretudo três: "Perguntas”, "Sugestões” e "Achei Curioso”. Poderão dirigir perguntas escritas aos nossos convidados e personalidades como por exemplo o Dr. Durão Barroso. Há personalidades que estão cá, são os nossos convidados para o jantar: o coordenador permanente da comissão nacional do partido, Dr. Marco António Costa que aproveito para saudar; o secretário-geral, Dep. José Matos Rosa; e o Presidente da JSD, Hugo Soares. Alguns de vocês já me enviaram perguntas para eles através da net, mas podem fazê-lo ainda até ao início do jantar. Portanto, quem quiser fazer perguntas a estas três personalidades, no final deposita as perguntas escritas junto da organização. O Hugo Soares como está cá a semana toda responderá a perguntas durante toda a semana, mas os nossos convidados especiais de hoje, Dr. Marco António e Costa e o deputado Matos Rosa, só respondem às perguntas se forem depositadas até ao final desta sessão de abertura.
Todos os dias vão ter duas personalidades, uma que está fora e outra que está cá dentro que será o nosso convidado para jantar e essas personalidades irão seleccionar duas perguntas que depois publicaremos no JUV bem como as respectivas respostas, embora todas as vossas perguntas apareçam na nossa Intranet e nas actas da UV.
Outra participação não-obrigatória são as "Sugestões”. A Beatriz Branco que é a mais nova das participantes da UV e ficou no grupo Castanho e vocês podem fazer sugestões.
O que são as sugestões? São aquilo que acham que me devem propor a mim para melhorar a UV. Trata-se de responder a esta questão: se vocês fossem o director da Universidade de Verão, o que é que fariam de diferente? Se virem algo de que não gostem, ou que achem que pode ser melhorado, não hesitem dêem a sugestão, eu prometo que respondo a todas e digo se concordo ou não, se posso aplicar de imediato ou apenas na edição do próximo ano. São todas submetidas a mim e respondidas por mim.
Finalmente, têm outra forma de participar que é o "Achei Curioso”. O que é o "Achei Curioso”? É aquilo que vocês acharam curioso; pode ser algo que viram, uma atitude, uma ideia original, uma coincidência, um excerto de uma intervenção, pode ser a postura de um convidado, um aparte que ouviram, pode ser um pormenor da organização, alguma coisa que despertou a vossa curiosidade, assinalem-no. Nós seleccionamos dos "Achei Curioso” para publicarmos no JUV.
Atenção aos prazos: para serem recebidas as vossas perguntas às personalidades à distância têm de ser depositadas à saída do final da sessão da manhã até à uma hora. Se fizerem pela net aceitamos até às 16h, mas temos de fechar para depois dar tempo de responderem e publicarmos a resposta na edição dessa noite do JUV.
O "Achei Curioso” podem colocar na Intranet sempre mas para se publicarem no JUV apenas se aceitam submissões até às 17h que é quando se faz a análise e selecção.
Na interactividade também recebem a revista de imprensa. Comecei por vos dizer que são uma selecção nacional e têm o direito e o dever de saberem o que se passa em Portugal e no Mundo, e por isso, recebem todos os dias a revista de imprensa. Quando saem dos vossos quartos de manhã está a rodar em Power Point uma sinopse das notícias mais importantes do dia e no final da manhã, quando saem da aula, recebem uma versão impressa da revista de imprensa. Já receberam a primeira versão da revista de imprensa de hoje. Ela é feita pela Inês Madeira Santos que foi uma das melhores alunas da UV do ano passado. Há também a UVTV como o Paulo Colaço vos explicou no filme. Convido-vos a que vejam todos os dias as reportagens e programas novos nas televisões dos vossos quartos e a responderem às perguntas dos nossos repórteres da UVTV que vão querer saber a vossa opinião sobre tudo e sobre nada.
Existem duas participações obrigatórias. A primeira é a "Avaliação do Tema”. A cada aula vão receber um formulário que devem dobrar e depositar na urna à saída. Há quatro parâmetros de avaliação, sendo os primeiros três sobre o tema: se o acharam importante, interessante e se trouxe novidades. A primeira pergunta é sempre um pouco equívoca, porque quando pergunto se é importante para mim é indiferente saber se gostaram ou não do tema, podem ter detestado mas acharem que é importante. Ou seja, a importância do tema não depende da forma como é ministrado. Propunha e sugeria, se estivessem de acordo, que fosse logo a primeira coisa que preenchessem logo antes de começar a aula para não ser contaminado pelo desinteresse ou interesse com que foi apresentado.
Depois vamos perguntar três coisas sobre os oradores: se sabiam da matéria, ou seja se que que eles tinham um alto nível de conhecimento sobre o que falaram, se transmitiram bem, se tiveram mais-valias de comunicação visto que uma pessoa pode ter muita experiência mas não saber comunicar, e se vos pôs à vontade, ou seja se criou empatia convosco pois a simpatia do orador também é um parâmetro de avaliação.
Finalmente, sobre a organização perguntamos sobre duas coisas: se os textos de apoio foram bons ou maus, se os suportes audiovisuais (Power Point, vídeo) foram bons ou maus e sobre o tempo da aula, se era necessário mais tempo ou se foi adequado. Vou-vos pedir que sejam sinceros, trata-se de um inquérito anónimo e a vossa opinião só nos interessa se for sincera, por isso não tenham nenhum pejo, pois não estão a magoar ninguém, estão a avaliar a eficácia da iniciativa para nos ajudarem a fazer melhor nas próximas edições.
Peço-vos para não fazerem avaliações por simpatia. Dou-vos um exemplo: o Eng.º Carlos Pimenta esteve aqui há uns anos numa aula sobre Ambiente e todos o adoraram ouvir falar. Quando os vossos colegas avaliaram-no no requisito dos textos de apoio deram-lhe uma pontuação de 3.3 ou 3.4, o que quer dizer Suficiente. Não haveria mal nenhum, se tivesse sido entregue um documento, mas não houve textos de apoio entregues, portanto, a avaliação devia ter sido 1. Por isso não façam votos por simpatia ou antipatia; isso não faz sentido. Avaliem cada requisito, limitem-se a ele e não avaliem pelos outros requisitos; é isso que é importante para a avaliação e é isso que valoriza a vossa opinião.
Todas as grelhas de avaliação que vão ter nesta semana são sempre as mesmas, de cinco a um; cinco é muito, quatro é bastante, três é suficiente, dois é pouco e um é nada ou quase nada. É uma grelha simples e que iremos usar para todas as avaliações ao longo desta semana.
A última das participações obrigatórias é uma ficha que vão receber em cada aula chamada "O que é que aprendemos”. São obrigados a responder; se acharem que não aprenderam nada podem deixar o voto em branco, mas aquilo que gostaríamos era que preenchessem com uma, duas, ou três coisas que acharam interessantes e que aprenderam com esse tema. Isso também deixam à saída de cada aula quando deixarem o voto de avaliação da aula, esse sim fechado dentro da urna.
Minhas caras amigas e caros amigos, a meio da semana já não podem ver papel, olham para nós com raiva e acham que isto é um exagero burocrático, mas não é. É porque para nós a vossa opinião é mesmo muito importante e é graças a ela e à dos vossos colegas que nós podemos introduzir melhorias na UV. Se estivessem cá estado em 2003, não tinham tido a pasta com a informação, a UVTV, o YOUJUV, a simulação de assembleias, a aula do "Falar Claro”, a apresentação de trabalhos de grupo, as revistas de imprensa, a visita a Castelo de Vide, os debates oponentes, e tinham tido uma UV mais curta. Todas estas inovações resultaram da análise da opinião dos vossos colegas na avaliação das UV desde 2003 até 2012.
Eu quero crer que as vossas avaliações durante esta semana e a avaliação final que vão fazer vão-nos permitir a introdução de melhorias para a edição de 2014 e para aquelas que se seguirem.
Há também aqui uma questão de atitude: nós temos uma atitude construtiva. Com a nossa e a vossa opinião podemos melhorar e a atitude é muito relevante na avaliação das pessoas. Muitas vezes distinguimos as pessoas en função da sua atitude.
Há uma metáfora de que gosto muito que é a metáfora do barco à vela sem motor que fica parado porque o vento mudou. O que é que fazemos quando estamos perante esse embaraço? Pois bem, se o barco parou há sobretudo as abordagens do pessimista que se afunda na depressão e acha que não há nada a fazer e há a do optimista que tem esperança que o vento mude. Eu acho que na vossa vida política ou de intervenção cívica não podem ser nem optimistas nem pessimistas, têm de ser realistas. O que o realista faz é ajustar as velas à nova inclinação do vento.
Meus caros amigos, vamos fazer andar este barco e que sejam felizes na UV 2013!
[APLAUSOS]
Disse-vos que a vossa opinião vai ser importante para melhorarmos a nossa UV e aquilo que temos hoje é o fruto da opinião dos vossos colegas e de todos aqueles que nos ajudaram com o seu saber e com a sua experiência. Tenho para mim que a vida é uma aprendizagem permanente e ao longo da vida aprendemos mais com as pessoas que mais nos marcam ou que nos marcaram pelas suas qualidades intelectuais ou pessoais, ou profissionais e creio que é justo, na sessão de abertura desta UV, homenagearmos alguém que nos deixou há dois dias e que várias vezes foi orador nesta UV.
Vamos então, com um vídeo, recordar o Prof. Dr. António Borges.
[VISIONAMENTO DE VÍDEO; APLAUSOS]
Estou certo que esteja ele onde estiver ouviu o nosso aplauso e sabe que não nos esquecemos dele.
Hugo Soares
Gostaria de cumprimentar o senhor vice-presidente coordenador do PSD, Dr. Marco António Costa, senhor secretário-geral do PSD, nosso amigo, amigo da JSD, deputado Matos Rosa; cumprimentar todos os autarcas, todos os candidatos às autarquias do distrito de Portalegre, os dirigentes partidários, os dirigentes da JSD aqui presentes; de forma especial, cumprimentar todos os que fizeram possível este evento (toda a equipa), que durante esta semana vai estar aqui a trabalhar connosco.
Inverti de propósito o protocolo - coisa que irão aprender esta semana que não se faz - para deixar por último o cumprimento o eurodeputado Carlos Coelho. É o mentor e promotor da UV e no final desta semana todos o chamarão "reitor da UV”. Queria pedir-vos, pois é por causa dele e por vós que também cá estão, o vosso aplauso para o nosso reitor, o Carlos Coelho.
[APLAUSOS]
Mas verdadeiramente a minha palavra vai para cada um dos alunos da UV 2013. É por vossa causa que cá estamos e fazem de cada uma das UV uma edição diferente, mas sempre especial. Permitam-me, então, que vos diga: bem-vindos à única e verdadeira universidade de Verão de formação política e cívica que se faz em Portugal. Durante esta semana há um conjunto de palavras que vão aprender como um léxico que faz parte desta casa, da UV: o trabalho, a exigência, a pontualidade, a participação e a capacidade de cada um, individual, mas sobretudo o espírito de grupo.
Se cada um dos alunos que estão aqui tirou esta semana, provavelmente a última de férias, quero-vos apontar: acabaram as férias. Esta é verdadeiramente uma semana de trabalho e de aprendizagem. Queria que tivessem aquela imagem do senhor reitor com uma pedra, que eu acho fantástica, que viram no vídeo inicial, que reportava à UV 2012. Acredito que cada aluno da UV é uma pedra que sai daqui transformada, melhor, mas sobretudo uma pedra que ajuda a construir um Portugal melhor.
Na verdade, cada um de nós, fazendo participação política, tendo participação cívica, tendo participação cidadã - como eu gosto de dizer -, sai desta UV mais preparado, melhor preparado para o fazer. Se assim for, nós cumprimos a nossa missão.
Não vou fazer esforço nenhum para ultrapassar o tema de intervenção do Dr. Marco António Costa, até porque já estou a antecipar que estará carregada de mensagem política e eu, assim, farei na sessão de encerramento. Por isso, quero apenas desejar uma boa semana, intensa é certo, mas sei que quando acabar cada um de vós será melhor do que quando cá entrou. Costumo dizer muitas vezes que a Juventude Social Democrata é uma escola de vida, ora sendo assim, esta é a vossa universidade. Boa sorte e desfrutem! Obrigado a todos.
Marco António Costa
Caras amigas e caros amigos, caros companheiros, uma primeira palavra tem a ver com a pontualidade. Dizia o nosso responsável pela UV que a pontualidade é indispensável. Eu, efectivamente, teria sido pontual, não fosse a circunstância de ter sido traído pelo carro em que vinha e ter ficado parado na auto-estrada.
Portanto, quero antes de mais agradecer o socorro que me foi prestado pelo Carlos Coelho ao ter mandado um carro ao meu encontro para me apanhar na auto-estrada. Dada esta justificação, cumprimentar obviamente o nosso secretário-geral do PSD, Dr. Matos Rosa, o Presidente da JSD nacional, Hugo Soares e o Carlos Coelho. Nas pessoas deles, cumprimentar todos os presentes, quer sejam dirigentes, autarcas, deputados, fundamentalmente os jovens que hoje aqui estão nesta UV.
Queria dizer-vos que o PSD orgulha-se de ser o partido que de forma mais sustentável e regular tem investido na formação política em Portugal. Não valorizamos esta formação por razões de imagem ou porque parece bem, mas porque a prioridade para o PSD é a produção de pensamento, a construção de alternativa, o estímulo à participação política dos cidadãos, o contributo para o debate democrático e de modo muito especial a formação de jovens quadros.
Agradeço em nome do PSD ao Instituto Sá Carneiro toda a colaboração que nos tem dado nestes projectos que recordo que são as universidades de Verão, as universidades locais, as universidades da Europa, a formação blitz para as autarquias locais, entre outras iniciativas. Agradeço, ainda, ao Carlos Coelho, aqui hoje já designado muito bem pelo Presidente da JSD, reitor desta universidade. O facto de ser um esteio no entusiasmo e persistência com que sempre se dedicou à formação política de jovens e que várias gerações muito lhe devem por essa sua postura e por essa sua persistência.
Esta universidade é a oportunidade de reflectir sobre o tempo que vivemos, recordando a História que nos trouxe até aqui e o país que queremos legar à vossa geração. Isso implica falar de princípios e valores políticos, mas também dapraxisassociada ao exercício da vida pública no poder ou na oposição. Reflexão, aliás, realizada num espírito plural com a participação de personalidades independentes e até militantes ou fundadores de outros partidos, o que revela bem que este é uma espaço de formação plena.
Estamos num tempo de uma nova forma de fazer política introduzida pelo PSD através do actual Governo. Existe uma clara distinção, não só entre a actuação deste Governo e os que o antecederam, mas entre a atitude dos outros partidos da oposição. Para o PSD falar de uma nova forma de fazer política significa ser fiel a valores e princípios, recusando a cedência ao facilitismo, à demagogia e ao anúncio daquilo que se sabe não poder ser feito, ou empurrar para a frente a resolução dos problemas comprometendo o futuro nomeadamente das novas gerações, isto é, dos jovens que aqui estão hoje.
Em matéria desses valores e princípios quero falar-vos hoje de quatro linhas fundamentais. A primeira: o compromisso com a verdade, de que ainda há pouco foi referido pelo Carlos Coelho. A segunda: o interesse nacional como referencial único da acção política. A terceira: o compromisso com a procura permanente de um consenso político e social. Em quarto, mas não menos importante: a prioridade absoluta para com os mais desprotegidos e mais vulneráveis.
O compromisso com a verdade: o Governo anterior quis teimosamente ignorar a realidade e faltar com a verdade aos Portugueses sobre a gravidade da situação a que chegámos e sobre as suas causas. Quis esse Governo esconder a real situação do país e o mesmo sucede hoje com a oposição que aponta caminhos que não levariam a lado nenhum porque sabe, ou pelo menos deveria saber, que não podem ser cumpridos tais objectivos.
Infelizmente hoje na oposição o expoente máximo desse comportamento tem sido o maior partido da oposição. O actual Governo liderado pelo PSD, pelo contrário, falou sempre aos Portugueses olhos nos olhos, não escondeu, não omitiu e não mascarou nada. Aceitou pagar o preço da impopularidade, porque era isso que a realidade a que nos conduziram exigia. Demonstrou sentido de Estado e sentido de responsabilidade requeridos pela necessidade de urgência de retirar Portugal da situação de catástrofe financeira e social a que fomos conduzidos pela omissão, pela passividade e pela irresponsabilidade daqueles que no tempo oportuno não fizeram aquilo que deveria ter sido feito, ou ainda agravaram a realidade por comportamentos eleitoralistas.
Afirmámos que os sacrifícios pedidos aos Portugueses eram indispensáveis, mas dissemos ao mesmo tempo que desta vez os mesmos não seriam em vão. Também aí afirmámos pela positiva a diferença. O PSD disse aos Portugueses no início do mandato deste Governo que a prioridade absoluta era cumprir o memorando, pôr em ordem as contas públicas sem descurar a coesão social e readquirir a credibilidade externa perdida e que, cumpridos esses objectivos, o país haveria de estar em condições para recuperar a Economia e combater o desemprego.
Os factos mais recentes, caros amigos e companheiros, estão a dar-nos razão, pois para além da sistemática avaliação positiva de que temos sido alvo por parte da Troika do controle de défice orçamental como comprova a mais recente execução orçamental, há ainda uma melhoria crescente das contas externas por efeito do aumento das exportações.
Temos ainda a acrescentar os sinais positivos no Emprego; melhoria sistemática nos indicadores relativos à actividade económica e ao clima económica de que realço o crescimento da Economia já verificado no segundo trimestre deste ano. O que se conseguiu foi antes de mais mérito dos Portugueses, do seu empenho, da sua abnegação e dos seus sacrifícios. Por isso minimizar os sinais positivos da recuperação que se registam não é criticar a maioria ou o Governo mas sim desrespeitar os Portugueses e o seu esforço.
O Governo liderado pelo PSD não se afastou da sua linha de falar a verdade aos Portugueses, por isso fala em sinais positivos, mas não esconde que ainda ha muitas dificuldades e riscos múltiplos pela frente. Também aqui rejeitamos o triunfalismo, a demagogia e o populismo, a que outros não resistiriam como a sua actuação passada bem demonstra. Esses transitaram do triunfalismo irrealista no poder para o azedume de uma oposição em negação da realidade e em negação das suas próprias responsabilidades face aos erros fatídicos cometidos enquanto poder.
Importa reflectir sobre a segunda linha: o interesse nacional como referencial único da acção política. Uma das razões que conduziram Portugal à situação que herdámos residiu no facto de, em muitas circunstâncias, Governos anteriores terem agido não na defesa do interesse nacional mas na defesa de privilégios injustificáveis, interesses corporativos, ou até lógicas exclusivamente eleitoralistas.
Além do inaceitável plano ético que tal atitude constitui, a mesma teve consequência dramáticas no plano económico e financeiro. Uma vez que não se preparou atempadamente o País para um confronto internacional marcado por uma abertura sem precedentes e por uma concorrência feroz, Portugal pagou assim um preço bem pesado pelo facto de os responsáveis políticos terem, por razões de comodidade e tibieza, adiado as indispensáveis reformas em sectores-chave da nossa Economia e do nosso Estado. O mais extraordinário é que ninguém podia ignorar a situação a que isto chegou nem era sustentável por muito mais tempo. Não era possível nada fazer para o País viver sistematicamente acima das suas possibilidades com um nível de despesa absolutamente insustentável e com um nível muito baixo das exportações, pouco flexíveis e com níveis de produtividade significativamente mais baixo do que aquelas que eram os nossos meios directos de competidores internacionais.
Caros amigos e companheiros, esta história teve o desfecho que esperávamos. Como sempre acontece a realidade encarregou-se de demonstrar a fragilidade do País e a sua falta de preparação, não apenas para resistir à crise como a de 2008 ou da dívida soberana mas para resistir às características de uma Economia globalizada. Quero recordar, pois também de História se trata, que no debate eleitoral entre o Eng.º José Sócrates e a Dr.ª Ferreira Manuela Leite nas eleições legislativas de 2009 a doutora personificou o realismo, a verdade e a responsabilidade. Foi então tais características e comportamentos derrotados pela ilusão, pela omissão e pelo eleitoralismo sem precedentes. O tempo - como já o disse - confirmou as piores expectativas e Portugal em 2011 sucumbiu ao peso dos acontecimentos e descobriu de forma brutal a verdade que foi escamoteada e escondida pelo Governo de então. Lembrar este facto não visa mostrar qualquer acrimónia mas não deixar esquecer a História. Repito: lembrar este facto não visa mostrar qualquer acrimónia mas não deixar esquecer a História.
Aquilo que devia ser preparado e realizado ao longo de um período de tempo mais alargado e de forma mais planeada e menos custosa para os Portugueses, está agora a ser concretizado num curto lapso de tempo e com um cronograma imposto pelo programa de assistência financeira, razão pela qual não há espaço nem oportunidade de hesitações, contratempos ou falhanços, sob pena das consequências serem devastadoras para Portugal.
O interesse nacional exigia assim, que fossem então tomadas medidas e empreendidas as reformas que preparassem Portugal para os desafios da modernidade. O interesse geral não podia continuar refém dos interesses corporativos ou sectoriais e de lógicas eleitorais. É por isso que o Governo liderado pelo PSD tem levado a cabo o mais vasto conjunto de reformas de que há memória na nossa história recente, porque é necessário que todos sejamos capazes de compreender que se tais reformas não forem feitas Portugal não conseguirá desenvolver-se e não será capaz de se libertar da tutela internacional a que anos e anos de adiamentos e irresponsabilidades nos conduziram.
É a nossa firme convicção de que estamos todos, como Nação, mais perto de recuperar a nossa plena independência e liberdade de escolha no futuro com o final do programa de assistência financeira. Importa aludir a algumas destas reformas: a da modernização da administração pública; das leis laborais e modernização do mercado de trabalho; da Justiça, de forma a torná-la mais amiga, uma Economia mais credora e de confiança junto dos cidadãos. Foi ainda feita a reforma da administração local, mais capaz de responder às ansiedades e receios das populações e a responder a um novo paradigma de políticas e materiais. Mas é preciso não esquecer a reforma do IRC no sentido de criar um ambiente mais favorável às empresas e à captação de investimento do estrangeiro.
Terceiro vector fundamental desta actuação no tempo em que vivemos: um compromisso com a procura de consenso político e social. A dimensão das tarefas a empreender é de tal ordem que um Governo responsável não pode nem deve rejeitar os contributos, ideias e propostas vindos de todos sectores da sociedade. Tenham elas origem em partidos, associações patronais, sindicatos, ou instituições da Economia Social. Acresce que as mudanças profundas a levar a cabo têm de perdurar no tempo, sejam quais for as forças políticas em quem os Portugueses confiem a responsabilidade de governar.
O nosso país tem pago um preço demasiado alto pelas constantes alterações de linha de rumo que seguem as alterações de governo; também isso tem de terminar. É certo que quem ganha as eleições tem a legitimidade de aplicar o programa que viu sufragado nas urnas, mas temos de ser capazes de demonstrar a maturidade política necessária para alcançar entendimentos políticos de médio e longo prazo em áreas que são cruciais para o nosso futuro colectivo. Além disso, a existência de um consenso alargado é sempre um sinal fundamental para o reforço recuperação da nossa credibilidade externa, seja junto dos nossos actuais credores, seja junto dos mercados a que recorreremos sempre para nos financiar.
Essa tem sido a preocupação constante do PSD no Governo que por isso tem valorizado o diálogo e a concertação social, como demonstra a assinatura de um acordo de concertação social que envolveu todas as associações empresariais e de uma das centrais sindicais, bem como os acordos firmados ao nível sectorial com instituições de Economia Social como sendo as Misericórdias, as IPSS e as Mutualidades. Mas, caros amigos e companheiros, no plano político o Governo e os partidos que o integram demonstraram também recentemente no apelo do senhor Presidente da República o seu empenho em estabelecerem com o principal partido da oposição compromissos alargados e temporalmente duradouros em áreas vitais da coordenação. Infelizmente (e não por nossa responsabilidade) tal não foi possível uma vez que outros não souberam mostrar sentido de Estado como o PSD mostrou quando na oposição viabilizou orçamentos e documentos absolutamente determinantes para o País. Recordo (e aqui uma das marcas distintivas da nossa actuação enquanto partido político) que o PSD na oposição liderado por Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Marques Mendes, Manuela Ferreira Leite e até pelo actual Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, viabilizou orçamentos liderados pelo PS bem como assinou pactos de regime em áreas vitais da nossa sociedade, ou ainda tornou possível o aprofundamente do projecto europeu.
Estes factos mostram a diferença que nos separa de outros partidos que hoje estão na oposição. Desafiamos o principal partido da oposição a romper a sua fobia aos consensos, porque ela não passa de uma fuga à responsabilidade com gravosos prejuízos para Portugal. O consenso não se apregoa, pratica-se. Por isso, o PSD permanecerá firme nessa sua determinação. Apelamos, por tal, a que outros sejam capazes de pôr os seus interesses particulares de lado e trabalhar com o Governo na definição dos caminhos que assegurem a Portugal o desenvolvimento sustentado e aos Portugueses as condições de vida que legitimamente ambicionam.
Vivemos um tempo de emergência nacional. Repito: Vivemos um tempo de emergência nacional. Estamos obrigados ao cumprimento de compromissos internacionais que salvaram Portugal da bancarrota. Existe de todos, sem prejuízo dos posicionamentos profissionais e institucionais um dever de solidariedade e de cooperação no caminho para a cooperação de um Portugal sustentável. Ninguém, nem um órgão de soberania, se pode demitir da responsabilidade activa. Portugal não pode viver permanentemente contratempos nem sentir que há contra-correntes no caminho da recuperação da plena soberania. A intervenção de todas as instituições deverá levar sempre em linha de conta a situação de emergência nacional que vivemos.
O Governo liderado pelo PSD continuará a trabalhar nesse sentido, mas não se demitirá das responsabilidades de decisão que são as suas. O País não deixará de levar a cabo as reformas que têm mesmo de ser realizadas ainda que outros não possam, ou não queiram acompanhar-nos nessa tarefa. Até porque as reformas estão em linha com o que outras democracias europeias já realizaram em devido tempo, garantindo a sustentabilidade dos respectivos Estados. Assim, também importa que Portugal, por via dessas reformas, acompanhe tais democracias europeias, garanta a sua sustentabilidade e evite passar pela mesma necessidade de recorrer a programas de assistência financeira internacionais como já aconteceu três vezes nas últimas décadas.
Último vector e não menos importante: prioridade à solidariedade para os mais desprotegidos e mais vulneráveis. Um das primeiras medidas que este Governo liderado pelo PSD tomou foi a implementação de um programa de emergência social de forma a responder aos impactos que decorriam da aplicação do programa de ajustamento financeiro assinado pelo anterior Governo. O programa que se iniciou em Outubro de 2011 estará em vigor até Dezembro de 2014 e está dirigido a cerca de três milhões de pessoas, dando resposta a famílias, particularmente idosos, pessoas com deficiência e instituições da Economia Social que zelam e preservam o bem-estar dos portugueses mais desfavorecidos.
Entre as respostas evidencia-se a rede de solidariedade e de emergência alimentar, o mercado social de arrendamento, o banco de medicamentos; aumentou-se ainda o número de vagas nas creches e apostou-se no apoio à sustentabilidade do sector social, mas mais do que isso, apostou-se seriamente da garantia do alargamento da rede de apoio das instituições sociais, estando neste momento avultados investimentos que dotarão o País de mais milhares de vagas em respostas do Norte a Sul, do Interior ao Litoral, do nosso país.
Mas a acção governativa não ficou por aí, a consciência social também está patente na actualização das pensões mínimas sociais e rurais. Volto a repetir: tantas vezes ao longo desse tempo ouvimos a ser referido a circunstância de ter sido solicitado por este Governo, no caso da Segurança Social, a 77 mil pensionista que auferem pensões acima de 1350 euros um contributo extraordinário de solidariedade. Mas nem sempre foi referido que este Governo em circunstâncias particularmente adversas, quando outros em tempos de fartura financeira orçamental congelaram todas as pensões em Portugal, nomeadamente as pensões mínimas, este Governo foi o Governo que descongelou essas pensões e aumentou as pensões a mais de um milhão e 129 mil pensionistas das pensões mínimas que há muitos anos não viam esta atitude de diferenciação social ocorrer em Portugal.
Recordo que quando este governo anunciou a majoração em 10% do montante de subsídio de desemprego para casais de desempregados com filhos a cargo foi considerada uma medida sem valor e sem importância por grande parte da oposição. Curiosamente essa mesma oposição que hoje reclama o alargamento e aprofundamento dessa medida. Mas mais do que isso, foi ainda possível criar condições para que após vários anos de tantos partidos da oposição, particularmente de esquerda, ter falado permanentemente do problema dos precários e da falta de assistência social aos precários ter sido este Governo, liderado pelo PSD, a criar o subsídio de desemprego para trabalhadores independentes e pela primeira vez em Maio de 2013 foram pagos os primeiros subsídios de desemprego para trabalhadores independentes.
Houve muitos jovens que ouviram falar na necessidade desta medida mas foi este Governo que a tomou e a concretizou, mas mais do que isso, muitos dos que estão aqui nesta sala e que anos após anos, ouvimos dizer dos pequenos comerciantes e pequenos empresários, de que quando a vida lhes batia com uma fatalidade comercial à porta e os seus negócios se esvoavam pois não tinham nenhuma protecção social nesse momento. Durante muitos anos ouvimos essas pessoas dizer que contribuíam activamente para a Economia do país mas não tinham oportunidade de criar condições de defesa da sua situação social em momentos de contrariedade das suas vidas pessoais.
Foi este Governo que no orçamento de 2013 criou pela primeira vez o subsídio de desemprego para os pequenos comerciantes, para os pequenos empresários, para os designados MOI, que durante um período de três anos formarão o prazo-garantia para poderem a vir beneficiar desta medida. É certo que fomos criticados porque existe um prazo-garantia, como é normal nestas circunstâncias, de três anos, mas se aqueles que nos criticaram tivessem tomado essa decisão no passado, há cinco anos atrás, se calhar estes mesmos empresários poderiam beneficiar desta protecção. Mas mais do que isso, foi lançado o estímulo em 2012-2013 e comparavelmente com melhores resultados do que outras iniciativas similares.
O Impulso Jovem foi introduzido em Portugal entre críticas mas contra ventos e marés faz o percurso de apoio aos jovens portugueses. Estes são alguns dos exemplos como a Social Democracia deixa a sua marca numa governação com forte pendor social.
Numa outra dimensão, o Governo liderado pelo PSD promoveu a Economia Social como instrumento de desenvolvimento social, económico e também de coesão territorial. Importa também salientar que foi a maioria parlamentar que suporta o Governo, que apresentou uma proposta de lei de base da Economia Social que foi aprovada por unanimidade e cuja regulamentação está a ser acompanhada a par e passo no conselho nacional para a Economia Social, um órgão que foi desgovernamentalizado e que tem sido valorizado pelo Estado português.
Aliás, o Governo colocou pela primeira vez como sector operacional fundamental do próximo quadro financeiro comunitário a Economia social, significando isto que de 2014 a 2020 este será um instrumento privilegiado e de excepção no apoio às políticas de desenvolvimento local de coesão social e territorial. E esta nova aposta coincide oportunamente com a entrada do novo ciclo autárquico. Aproxima-se a data das eleições locais. O PSD, como eu já afirmei junto de outros dirigentes, não tem medo destas eleições nem teme qualquer outra eleição, mas o poder local desde os primórdios da Democracia está na genética do PSD, teve sempre uma forte penetração nas autarquias e é essa a principal marca distintiva do nosso partido, quer nas câmaras municipais, quer nas freguesias.
O PSD sempre foi um partido de proximidade com as pessoas e é na gestão autárquica com essa proximidade que se faz sentir de forma mais eficaz o seu trabalho e particularmente de forma mais próxima a sua acção. O PSD teve sempre excelentes projectos de ordenação nas autarquias de Norte a Sul do país e tem nas regiões autónomas, particularmente, uma afirmação permanente de defesa do trabalho das autonomias.
As eleições que terão lugar daqui a um mês são locais e não nacionais, prova disso é que tantas vezes no passado os cidadãos votaram de forma diferenciada no mesmo dia para três diferente órgãos autárquicos de forma completamente distinta, escolhendo de forma diferenciada quem querem escolherem. Claro que existe também uma leitura nacional e desta eleição o PSD também já a fez e assumiu claramente quando aprovou a moção de estratégia do nosso líder ao congresso que a intenção e o nosso objectivo era liderar a associação nacional de municípios portugueses.
As eleições autárquicas representam um enorme trabalho político e e de entrosamento com a sociedade. Apresentamos nesse momento cerca de 70 mil candidatos nas nossas listas, grande parte cidadãos independentes ou em coligação de outros partidos. Apresentámos, aliás, coligações com o CDS/PP, com movimentos de cidadãos, com o Partido da Terra, bem como com outras organizações de cidadãos independentes. São cerca de 90 municípios em que o PSD abriu as suas listas à participação de todos.
Reconhecemos que no futuro será necessário reforçar ainda mais a participação dos jovens na vida política autárquica e nacional. É necessário que o façam com qualidade e em nome dos nossos valores, por isso o vosso empenho e participação qualificada nesta universidade não é apenas sinal de que há jovens portugueses e social-democratas com qualidades que investem parte do seu tempo na procura de formas de melhorarem a intervenção na causa pública, mas é também por si só um sinal de esperança.
Por isso, afirmo e digo-vos obrigada pelo vosso exemplo de trabalho e de rigor, de empenho e de qualidade, aqui vos deixo os meus votos, em nome do PSD, de uma extraordinária semana de trabalho em nome de Portugal. Viva Portugal!
Duarte Marques
Boa tarde a todos. Está quase, mas ainda não acabou.
Cabe-me a mim, agora, apresentar os vossos conselheiros que são uma parte fundamental da UV e têm como missão sobretudo apoiar-vos. Cada conselheiro apoia dois grupos e é o elo entre os grupos, os participantes e a organização da UV. O conselheiro não está lá para ensinar, fazer o vosso trabalho, substituir-vos nem para vos acarinhar, mas sim deve ser o "ombro amigo”, aquele que vos tira as dúvidas, zela pela integridade do grupo, trabalha para que todos possam estar esclarecidos, para que todos participem e ninguém fique de fora.
O conselheiro pode ser visto como o vosso melhor amigo aqui dentro: é com ele que contamos, é com ele que vocês contam e temos o orgulho de dizer que todos os conselheiros da UV são ex-alunos da UV, já estiveram aí desse lado e foram sempre dos melhores alunos e por isso convidámos para que fizessem parte desta organização. Digo-vos que todos os anos há alunos do ano anterior que participam como conselheiros na UV do ano seguinte.
Agora ia convidar o nosso secretário-geral, deputado Matos Rosa, grande obreiro desta universidade ter lugar, e sempre será, em Castelo de Vide, para entregar em nome da organização a cada conselheiro as duas mascotes a que terá direito. Cada grupo, sendo dez no total, terá uma cor que está simbolizada na vossa mascote. Um conselho que vos dou pela minha longa experiência nesta universidade é que guardem bem a vossa mascote, pois ela é invejada pelos outros grupos, muitos partilhada também, por isso nunca a percam de vista. É por isso que eu agora pedia ao nosso secretário-geral que entregasse duas mascotes ao Jorge Varela que é o nosso mais antigo conselheiro da UV, tendo sido aluno em 2006 e desde 2007 que é conselheiro da UV. É um jovem advogado, professor e desde que é conselheiro da UV já foi pai duas vezes, e fica com o grupo Encarnado e com o grupo Laranja.
[APLAUSOS]
De seguida, chamo o Paulo Pinheiro que é dirigente nacional da JSD e do conselho nacional de juventude, foi aluno em 2008 e desde 2009 que é conselheiro da UV. Tem outras tarefas na universidade, também de animação que mais à frente terão conhecimento. O Paulo vai ser o conselheiro do grupo Bege e do grupo Amarelo.
A próxima conselheira chama-se Vera Artilheiro, não traz artilharia pesada, foi conselheira no ano passado e tem o grupos Rosa e o Azul. É da Marinha Grande e é directora de ambiente e qualidade de uma multinacional.
Chamava agora os dois conselheiros caloiros desta universidade, que foram dois dos melhores alunos do ano passado nesta universidade e que pelas características pessoais e como participantes convidámo-los para serem conselheiros. O primeiro é o Simão Ribeiro que é secretário-geral da JSD, é deputado e que no ano passado, apesar de ser deputado teve a humildade de participar na UV e foi um dos melhores alunos; fica com os grupos Castanho e Cinzento.
Chamo agora a Teresa Azóia que é vereadora da câmara de Santarém, é fadista, está grávida de três meses (por isso, poupem-na) e vai-nos dar o privilégio de ser a conselheira dos grupos Verde e Roxo.
Queria só dizer-vos que os vossos conselheiros não estão cá para fazer o vosso trabalho, já estiveram desse lado, estão cá para vos ajudar, respeitem o trabalho deles e eles respeitarão o vosso, mas contem sempre com eles para estarem ao vosso lado com solidariedade e sobretudo para vos ajudar a desempenhar bem o vosso trabalho e o nosso.
Muito obrigado.
Nuno Matias
Muito boa tarde a todos. Se me permitem, apenas dar-vos umas indicações finais: à saída não se esqueçam de deixar as perguntas para os nossos convidados, nomeadamente ao Dr. Marco António Costa e ao deputado José Matos Rosa. Não se esqueçam também que o jantar começa às 20h, não antes nem depois. Pedindo também para que cada grupo se sente na sua mesa que terá o seu estandarte para que possam desde já travar conhecimentos antes da primeira reunião que acontecerá a seguir, de forma a que desenvolvam um conjunto de missões que vos será distribuído.
Logo após essa reunião, acontecerá aqui uma primeira reunião e encontro entre a direcção da universidade com cada um dos coordenadores dos grupos de trabalho. Se entenderem relevante para distribuírem alguma informação e tarefas, poderão voltar a reunir-se para desenvolverem o vosso trabalho. Mais uma vez: boa sorte, bom trabalho e sejam felizes na UV 2013! Muito obrigado.