Acha que a criação de um governo de bloco central, na altura em que Pedro Passos Coelho ganhou as eleições, teria sido mais benéfico e teria demonstrado mais coesão governamental?
Não! Contudo, considero indiscutível que o PS, como maior partido da oposição, vença a fobia que tem revelado ao diálogo e aos consensos políticos em volta de temas concretos geradores de políticas estáveis em sectores-chave da democracia portuguesa.
A Secretaria de Estado da Solidariedade e Segurança Social é uma pasta bastante sensível. Como é que se consegue encarar a realidade social e os seus grandes desafios lidando com as restrições económicas e com a incapacidade financeira do nosso país?
Em momentos de restrição financeira, importa estabelecer prioridades e garantir que os recursos se canalizam para os mais carenciados. Para tal, devem ser apertadas as regras da “condição de recurso” e definir mecanismos extraordinários de revisão ao quadro de emergência, como agora aconteceu com o Programa de Emergência Social.
1) Em termos ideológicos, define o PPD/PSD como sendo um partido de direita?
2) Como avalia os mandatos do Dr.º Luís Filipe Menezes enquanto Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, nomeadamente em termos de gestão financeira?
3) Considera viável e exequível que as funções sociais actualmente desenvolvidas pelo Estado, sejam transferidas na sua quase totalidade para a iniciativa privada?
4) Para as próximas eleições presidenciais tem-se referido o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, o Dr.º Pedro Santana Lopes, o Dr.º Durão Barroso e a Dr.ª Leonor Beleza como potenciais candidatos. Na sua opinião, quem é o melhor candidato da direita nas próximas eleições presidenciais?
Depois dos muitos indicadores positivos resultantes das reformas levadas a cabo pelo actual governo, parece-me que a opiniao dos portugueses teima em continuar a achar que o Estado é o 'bicho papao' que retira todos os beneficios sociais. Como melhorar a politica de esclarecimento dada aos cidadaos?
Tendo em conta o elevado nível de desemprego, na qual muitos portugueses se encontram, mas por terem mais do que 25/30 anos não podem concorrer a bolsas de estágio promovidos pelo centro de emprego, que muitas vezes é a porta de entrada para as empresas, peço por isto que seja retirada a idade máxima. Espero que pense nisto e que passe estas palavras de preocupação de muitos portugueses ao governo.
Como encara a possibilidade de os esforços impostos e progressos atingidos até agora serem desperdiçados no próximo ciclo legislativo quando (se, e a acontecer) o PS voltar ao governo e regressarem ás políticas irresponsáveis e populistas? E nessa linha, será a política de informação actual do governo ao cidadão comum, suficiente para explicar as medidas austeras necessárias, ou suficiente para contrariar a propaganda populista da oposição?
Que liberdade e democracia é a nossa, que não nos permite referendar a Constituição nem as suas alterações, sendo esta a Lei base que regula a nossa sociedade?
Tem vindo a verificar-se que a oposição, nomeadamente o PS, não tem chegado a consenso em duas ou três matérias essenciais para o país. Acha que é possível chegar a um acordo com o PS, para que a longo prazo seja possível manter as políticas estruturais acordadas?
Dr. Marco António Costa, actualmente como coordenador da Comissão Política Nacional do PSD não acha que nessa mesma Comissão deveria haver mais participação jovem?
A- Entre debates e ensaios, a regionalização foi tema que aos poucos saiu da agenda política. Pode esta reforma ser uma solução e aposta certeira para o governo após o regresso aos mercados?
B- Em anos anteriores, o Partido Social Democrata moveu vozes e discussões em torno de uma possível alteração constitucional que acabou apenas por se ficar pela intenção. O líder da Juventude Social Democrata referiu e colocou na sua Moção de Estratégia Global como uma das prioridades deste mandato, a colaboração e discussão numa proposta de alteração da lei constitucional. Como vê a actual liderança da partido a colocação desta proposta na sua agenda política para os próximos dois anos de governo, numa altura em que os choques entre medidas, candidaturas autárquicas e o tribunal constitucional parecem nunca antes ter sido tão acesas?
C- Desde há um ano a esta parte que a taxa de exportações do país tem vindo a subir ao passo que as importações apresentam valores em queda. Será este um sinal suficientemente demonstrativo de que Portugal está mais autosustentável ou ainda faltam medidas ao governo que potenciem o produto nacional no consumo dos portugueses?
Actualmente os Portugueses sofrem directamente o resultado de anos de políticas socialistas que estavam muito para além da capacidade do país. Hoje pagamos a divida que outros nos deixaram. Nas próximas eleições corremos o risco de mais uma vez cairmos no domínio gastador e ruinoso do Partido Socialista. Será que estamos a comunicar e a divulgar correctamente e de uma forma efectiva tudo o que de bom se tem feito nestes últimos anos ? Será que a generalidade dos jovens compreende o que tem sido feito por eles e pelo seu futuro ?
Se estes anos de ilusão tivessem sido encarados de imediato pela realdiade, ou seja, se se tivessem as restruturações no Estado, que actualmente tanto se discutem, como estaria Portugal hoje em dia?
O Dr. Marco António Costa falou no seu discurso da necessidade de consensos. Tendo em conta o tema deste ano da Universidade gostaria de saber a sua opinião sobre essa necessidade e permência no que diz respeito a uma possível revisão constitucional, dada a postura imprevisível e até arbitrária dos juízes do TC.
Na sessão formal de abertura falou-nos aqui sobre o programa do governo "Impulso Jovem", anteriormente esse programa foi criticado por não atingir o publico alvo e pela falta de resultados. Neste momento e após as remodelações a que o programa foi sujeito, esse mesmo programa consegue assegurar a criação de oportunidades de ingresso no mercado de trabalho aos jovens portugueses?
Numa altura em que as circustâncias económicas do país levaram à adopção de políticas de incentivo ao emprego jovem, nomeadamente através de estágios profissionais, como encara a utilização abusiva destes incentivos, por parte das empresas, que contribuem mais para a rotatividade de estagiários do que uma verdadeira procura pela integração destes profissionais na empresa?
Considera fundamental, para a viabilidade económico-financeira do país, a transferência de responsabilidades do estado social para o sector privado, com a introdução de forças de mercado em áreas como a educação, saúde e segurança social.?
Caro Dr. Marco António Costa, Luís Filipe Menezes afirmou que pretendia unir as cidades do Porto e VIla Nova de Gaia. Concorda com esta afirmação? Porquê?
Porque é que as medidas positivas do governo não têm vindo a passar de forma clara e com a mesma intensidade que os aspectos menos bons? O que é que o governo pode fazer para alterar a situação nos média?
Futuramente, como vê o processo de diferenciação social em Portugal? O que considera que pode ser feito para que exista uma maior coesão social? O que pode ser aperfeiçoado / melhorad0, para continuarmos a ajudar / apoiar os mais desprotegidos?
Falou-nos em 4 pilares de uma nova política: 1) compromisso de verdade; 2) Interesse Nacional; 3) consenso político e 4) Solidariedade. Como e por onde começar a mudar hábitos e valores que, estando muito além do foro político, se encontra no cerne da personalidade do povo Português?
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