PERGUNTA A ...
 
 
     
Durão Barroso
 
José Miguel Rebolho
Ao longo destes anos em que representa a UE, notei uma enorme presença nas reuniões com as maiores potências económicas internacionais. Deste modo, atendendo a tanta experiência, tanta consciência do mundo aos níveis mais elevados, qual é, na sua perspectiva, a maior mudança de mentalidade que jovens activos socialmente, empreendedores e responsáveis devem fazer a fim de encaminhar Portugal e, em consequência, ajudar a União Europeia a novamente ascender à maior potência económica mundial?
Em primeiro lugar, queria sublinhar a importância da União Europeia no Mundo – é por essa razão que temos um papel muito activo quer no quadro multilateral, quer no quadro bilateral.
Já em 1954, Jean Monnet escrevia "Os nossos países tornaram-se demasiado pequenos para o mundo actual à escala dos meios técnicos modernos, à medida da América e da Rússia de hoje, da China e da Índia de amanhã". Esta constatação não podia ser mais actual. Se consideramos as economias dos Países europeus individualmente, apenas quatro países europeus integram o Top 10 do PIB Mundial. No mundo global das grandes potências os países da União Europeia, mesmo os maiores, sozinhos, autonomamente, não têm a dimensão necessária para propor ou articular as políticas do futuro a nível global. Mas a União Europeia, com os seus 507 milhões de cidadãos, é a maior economia do mundo – com cerca de 23.2 % do PIB mundial. Somos o maior exportador de serviços e bens manufacturados e o maior exportador para cerca de 100 países. Colectivamente somos um actor incontornável à escala mundial.
Acredito que a União reforça a própria expressão dos diversos interesses nacionais, amplifica o poder individual de cada Estado-Membro e multiplica, assim, a sua influência colectiva. Na próxima semana participarei na Reunião do G20 em São Petersburgo, onde vamos discutir precisamente o crescimento e o emprego, a reforma do sistema financeiro mundial, a luta contra a evasão fiscal. Será mais uma oportunidade para reafirmar os nossos interesses no panorama global.
No que diz respeito à mudança de mentalidades, a vossa geração é uma geração intrinsecamente europeia. Quero com isto dizer: a Europa que sempre conheceram é uma Europa sem fronteiras, é a Europa do euro. A vossa geração vive a União Europeia de uma forma muito quotidiana e tem já muito presentes os valores e as lições que a União Europeia nos trouxe - como a abertura ao Mundo ou a solidariedade de facto. Mas permitam-me desafiar a vossa geração a acreditar genuinamente e convictamente na Europa como parte da solução. Distanciem-se da tentação recorrente para "nacionalizar" os êxitos e "europeizar" os fracassos e tirem partido das oportunidades que esta Europa integrada coloca à vossa disposição.
João Leite
Qual é a actual posição da União Europeia para que Portugal seja bem sucedido no pós programa de assitência? Pensa estarmos num bom caminho?
Acredito que Portugal está no bom caminho para retomar a confiança e credibilidade dos mercados na sua economia. Para isso é fundamental continuar a cumprir com os objectivos a que o país se propôs no programa de assistência, que finda em Junho de 2014. E para o conseguir é preciso um amplo consenso político e social. Estabilidade política é fundamental para conseguir ultrapassar o actual período. O passado recente mostrou que a estabilidade e o consenso são valorizados pelos atores económicos. É necessário que uma política, quando é desenhada de um ponto de vista financeiro ou orçamental, tenha também condições do ponto de vista de sustentabilidade social e política.
Os cenários do pós-programa de assistência não foram ainda discutidos no quadro da Troika ou do Eurogrupo, nem com as autoridades portuguesas. Mas penso que o sucesso dos cenários pós-assistência dependerá da sustentabilidade do crescimento do País e do empenho e alcance das reformas em curso.
Diria que a nossa prioridade, agora, é apoiar as autoridades portuguesas durante este período difícil de reforma e de ajustamento económico para garantir que Portugal sai do programa com suas finanças públicas em ordem, a sua economia mais competitiva e melhor posicionado para crescer e criar emprego. Os próximos meses serão muito importantes neste sentido. Portugal tem de manter o curso das reformas para restaurar a confiança dos investidores. O País tem sido bem-sucedido nos primeiros passos de retorno aos mercados e o aumento das exportações revela-se muito animador no caminho para essa sustentabilidade económica e social.
Os dados económicos do segundo trimestre são muito positivos e constituem uma primeira evidência de que o programa está a dar resultados. No mesmo sentido vai a redução da taxa de desemprego que se verificou em Julho. Estas evoluções positivas devem constituir um estímulo para se continuar a executar o programa de assistência financeira como tem sido o caso até agora.
Creio que estamos finalmente a caminhar para aquilo a que eu chamei "um consenso europeu": manter a consolidação orçamental, adaptada obviamente ao ciclo económico, dar mais força às reformas estruturais para a competitividade e proceder a investimentos selectivos para o crescimento, tendo em atenção em particular o problema do desemprego e do desemprego dos jovens.
Sei bem que os custos do ajustamento económico podem ser altos no curto prazo e que os resultados não são imediatos podendo provocar uma grande frustração e até desesperança. Mas é nossa convicção na Comissão Europeia que a economia portuguesa irá recuperar. E nós estamos dispostos naturalmente a ajudar como o temos vindo a fazer ao longo destes últimos dois anos. Foi por nossa iniciativa que se conseguiu a flexibilização das metas dos défices e a extensão das maturidades. E os fundos estruturais para 2014-2020 de que Portugal vai beneficiar (após excelente negociação em que contou sempre com o apoio da Comissão) poderão constituir, se bem aplicados, um poderoso instrumento para o crescimento em bases sólidas e sustentáveis, porque mais competitivas.
Susana Reis
No seu discurso "Europa 2020: um plano para o mundo pós-crise" refere que, para fazer face aos desafios económicos, é primordial a confiança e a competitividade. Que razões o levaram a apontar estes dois "conceitos" como os essenciais para a Europa 2020?
A nossa agenda para o crescimento, a estratégia Europa 2020, inspira e enquadra as reformas a empreender em todo o espaço europeu. É uma agenda baseada em políticas de crescimento sustentável - e sublinho o sustentável – e inclusivo, com base em dois eixos fundamentais: a competitividade e a confiança.
A União Europeia é a maior economia mundial. Mas para garantir o seu lugar cimeiro nos mercados globais, é fundamental garantir a competitividade dos seus produtos, do seu conhecimento, da sua tecnologia, e da sua própria economia. Quando refiro ser mais competitivo no mundo, não me refiro à descida de quaisquer padrões protecção social ou laboral. Na verdade, são exactamente os países europeus mais eficazes em termos de protecção social que permanecem entre as economias mais bem-sucedidas e competitivas do mundo, graças aos seus altos níveis de produtividade.
Neste processo, restabelecer a confiança (a confiança das pessoas, das empresas, dos mercados e dos investidores) é fundamental para qualquer recuperação económica. Por exemplo, em Portugal, a confiança acrescida dos investidores tem levado a uma redução das taxas de juro da dívida pública. São também conhecidos casos de empresas portuguesas que estão a ter resultados muito positivos, muitas delas aventurando-se em novos mercados. Os resultados neste domínio são verdadeiramente impressionantes e resultam também de uma competitividade económica que tem vindo a ser reconquistada.
Francisco Silva
O desemprego jovem na Europa é um dos temas mais importantes da actualidade no seio da UE. Que medidas concretas estão definidas para combater a alarmante taxa de desemprego jovem existente em praticamente todos os Estados-Membros?
A Comissão Europeia está muito atenta à situação do desemprego jovem. Os níveis actuais de desemprego entre os jovens na UE são inaceitáveis: mais de 5,5 milhões de jovens desempregados (ou 23,3% na UE -28). Em vários países europeus, estamos perante uma verdadeira emergência social. O nosso objectivo é dar aos jovens uma perspectiva de entrada no mercado de trabalho em benefício de cada um deles, evidentemente, mas em favor do nosso próprio futuro colectivo.
É neste espírito que temos trabalhado com os Estados-membros naquilo que eu chamo um "compromisso europeu" para enfrentar o desemprego jovem de forma incisiva. Embora a responsabilidade e os meios financeiros estejam nas mãos dos Estados-Membros, a Comissão tem agido como um catalisador, complementando os esforços nacionais através de programas de financiamento, de orientação política e através da facilitação da mobilidade e da cooperação transfronteiriça.

Temos procurado garantir que o problema do emprego jovem seja uma prioridade na agenda política dos Estados Membros. Identificámos o emprego como um dos elementos chave da nossa Estratégia de crescimento Europa 2020, já em 2010, propondo atingir uma taxa de emprego de 75% para a população activa entre os 20 e os 64 anos. Nas nossas recomendações de política económica para cada Estado membro identificámos também acções urgentes neste domínio que devem ser levadas a cabo, incluindo reformas estruturais dos mercados de trabalho e combate ao desemprego dos jovens.
Os recursos da UE têm sido utilizados para alavancar o investimento e a criação de emprego jovem. Desta forma, temos apoiado as autoridades nacionais nos seus esforços. Por minha iniciativa, a Comissão Europeia criou Equipas de Acção para o Desemprego Jovem para a Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Portugal, Eslováquia e Espanha - os oito Estados-Membros com os mais altos níveis de desemprego entre os jovens (mais de 30%). Estas equipas são compostas por quadros da Comissão, que visam mobilizar fundos comunitários ainda disponíveis no período de programação 2007-2013 para apoiar as oportunidades de emprego para os jovens e para facilitar o acesso das PME ao financiamento. Uma particularidade: estas equipas são equipas "de terreno", que acompanham a realidade específica de cada país de forma muito próxima; estiveram nos Estados Membros com o maior número de jovens desempregados para aconselhá-los e direccioná-los para oportunidades de financiamento para a criação de emprego. Este programa vai ajudar cerca de 1 milhão de jovens e 55 000 PME europeias, bem como apoio a outras medidas de promoção do crescimento.
As nossas Equipas de Acção têm cooperado com as autoridades portuguesas – sob a iniciativa Impulso Jovem, 344,1 milhões de euros provenientes do orçamento da EU foram realocados para financiar medidas que vão criar oportunidades para 120 000 jovens e apoiar cerca de 4 500 PME até ao final de 2015. Também os programas sectoriais em Portugal têm tido uma dimensão pró-activa no que respeita à promoção do emprego jovem. Por exemplo, através do Programa de Desenvolvimento Rural, a medida de "Apoio à instalação de jovens agricultores" foi reforçada em 178,5 milhões de euros para apoiar a criação de mais de 9000 jovens agricultores de todo o país.
A Comissão Europeia apresentou um Pacote Jovem onde se destaca a "Garantia Jovem" que tem por objectivo proporcionar a todos os jovens a possibilidade de realizarem um estágio, uma formação complementar ou terem uma oferta de trabalho no período de quatro meses após a conclusão dos estudos ou de estarem numa situação de desemprego. Todos os Estados-Membros devem implementar esta medida. Mais recentemente, a Comissão também lançou a "Iniciativa Europeia para o Emprego" que contará com um orçamento de, pelo menos, 6 mil milhões de euros no próximo período financeiro. Trata-se de um fundo que se destina a financiar a Garantia Jovem.
À escala europeia, continuamos a promover a mobilidade transfronteiriça entre os jovens. A Aliança Europeia para a Aprendizagem foi lançada há cerca de dois meses, e vamos avançar rapidamente com a implementação do "ERASMUS +". Estamos ainda a lançar uma iniciativa-piloto «O teu primeiro emprego EURES» que pretende fornecer serviços sob medida e apoio financeiro aos jovens, com vista a dar-lhes uma posição no mercado de trabalho através de estágios e empregos apoiando as PME que os queiram recrutar. Estas iniciativas já estão a ser financiadas no âmbito do Fundo Social Europeu (FSE) e a Comissão Europeia gostaria que os Estados-Membros afectassem mais recursos para este tipo de medidas.
Finalmente, o Banco Europeu de Investimento também tem vindo a desempenhar um papel nos empréstimos para as empresas que criam novos postos de trabalho ou estágios para jovens.
Esperamos começar a sentir o impacto positivo das reformas introduzidas recentemente no mercado de trabalho.
Ana Sofia Silva
Alguma vez se arrependeu de ter partido para fazer parte do projecto Europeu?
Aníbal Cunha
Srº Presidente da Comissão Europeia,



Antes de mais dizer que é um orgulho para mim saber que nesse cargo que agora ocupa está um português e que inevitavelmente está a representar-nos lá fora. Em relação a minha pergunta gostaria de saber qual é a sua opinião, sobre a união europeia seguir uma politica voltada para o federalismo, se calhar não tão próximo da politica dos EUA mas a caminho, que vantagens e desvantagens isso traria?
Bruno Daniel Moreira
Acha que na União Europeia existe a real ideia do Estado Social Grego e Português na medida em que o número de desempregados e pobres é grande neste país e está em crescimento? Porém, caso ocorresse um sismo no Haiti, todos ajudavamos, no entanto dentro da União Europeia existe fome e não há "união" e espírito de ajuda.
Bruno Vieira
A UE surgiu sob o signo da cooperação e da paz entre as nações. Depois da primeira guerra mundial a Sociedade das Nações tinha alguns objectivos que se assemelharam aos da UE. Apesar da paz ter sido uma prioridade a SDN fracassou e em 1939 começou a II Grande Guerra Mundial. A história poderá voltar a repetir-se?
Carlos Alberto Miranda
Caro Dr.º Durão Barroso, o modelo de funcionamento da União Europeia é considerado por alguns sectores da sociedade como sendo extremamente burocrático. Qual é a sua opinião sobre esta matéria?
Carlos Alberto Miranda
Em Junho de 2004 tomou a decisão de apresentar a sua demissão do cargo de Chefe de Governo ao Presidente Jorge Sampaio. Qual o balanço que actualmente, com o distanciamento histórico de quase 10 anos, faz da actuação do governo de coligação entre o PPD/PSD e o CDS/PP que liderou?
Cátia Coutinho
Sabemos que vivemos tempos difíceis em Portugal e que muitas famílias passam por momentos verdadeiramente difíceis! Na sua opinião, uma opinião exterior, uma opinião / visão Europeia, acha que Portugal está no bom caminho? Acha que são e devem ser estas medidas as aplicadas? O que podemos nós jovens fazer?
Daniel Simões
Sr. Presidente da Comissão Europeia



Desde já gosta de lhe agradecer pela oportunidade que está a dar a todos nós em colocar-lhe questões que irão contribuir para o enriquecimento do nosso conhecimento.

Nos últimos 15 anos, a taxa de abstenção referente às eleições europeias aumentou cerca de 40%, atingindo em 2009 máximos históricos, com uma abstenção de 63,2%. Tendo por base estes dados, gostaria de saber qual é a sua posição face a este acontecimento, e gostava de saber se existem politicas de promoção ao cumprimento deste dever cívico? De seguida, gostava ainda de o questionar se na sua ótica, e posto estes resultados pouco animadores, umas das possíveis estratégias de combate a este fenômeno não passaria pela abertura à participação e envolvência de forma mais direta, dos cidadãos europeus nas políticas da União Europeia?
Filipa Portela
A seu ver, os receios de insustentabilidade da UE têm fundamentos válidos e preocupantes? Ou não passam de "falso alarme"?
Filipe Santana Lopes
Exmo. Sr. Presidente da Comissão Europeia



Vou lançar alguns pontos que acho que são vitais para serem abraçados num curto prazo:

1º - Um banco central europeu que regula toda a divida externa de todos os países, ficando os países nos seus bancos centrais a regulação da divida interna. Controlando assim a comissão europeia o nível de endividamento externo dentro da união europeia.

2.º - Um exercito único europeu, para que assim a uma só voz a europa responder as crises de segurança internacional, (tal como já existe o espaço aéreo único europeu e área marítima.

3.º - Um só ministro de negócios estrangeiros dentro da europa, para assim se falar a uma só voz e defendermos o nosso espaço europeu a nível mundial! Coisa que neste momento não acontece!



Penso que estes são alguns dos aspetos que a comissão europeia deve pensar, para além dos que já identificou como prioritários. Mas gostaria de ouvir a sua opinião sobre isto.



Muito obrigado,

Filipe Santana Lopes

Gonçalo Melo
No momento em que saiu do governo ficou com algum sentimento de projecto inacabado? Se sim, ainda hoje o sente? Considera que o país estaria numa situação melhor caso tivesse terminado o mandato?
Guilherme Duarte
Qual prevê / espera que seja o próximo grande marco ou aquele que fará história (política, acontecimento) na construção da Europa verdadeira europeia?
Helder Antunes
É em alturas de crise que se testa a resistência das Instituições e se vê quão sólidas elas são.

No momento conturbado e de crise que a Europa atravessa, como é que tem conseguido manter a União dentro da Comissão Europeia, quando se vê que cada país puxa a brasa à sua sardinha?
Inês Silva
Quais as principais diferenças que se sente em fazer política em Portugal e na Europa? Quais os principais desafios de ser um Português de sucesso lá fora?
Jenny Lopes Santos
Sendo Presidente da actual Comissão Europeia (desde 2004) tem um papel no seio da União Europeia, tem um conhecimento total de todos os povos. A União Europeia tem como slogan "Unidos pela diversidade". Acha que através da globalização a Europa vai perder a sua diversidade (que é uma grande valia), e deste modo perder a sua importância no mundo?
João Carlos Fernandes
Qual é a posição de Portugal no mercado Europeu?
João Diogo Carlos
Que comentário faz relativamente ao facto do FMI reconhcer terem sido utilizados multiplicadores orçamentais incorrectos no programa de ajustamento de Portugal?
João Fanfa
Caro Presidente da Comissão Europeia.

Visto que Portugal está sobre pressão da troika, acha que vamos estar vinculados por muito mais tempo?
João Figueiredo
Na sua qualidade de presidente da Comissão Europeia, acredita que a construção de uma Europa mais forte, mais sólida, mais credível, passa por uma reforma dos mecanismos internos estando entre estes uma eleição por sufrágio directo?
João Guilherme Cerejo
Dr. Durão Barroso, acha que após o ajustamento económico financeiro imposto pela troika em Portugal, o nosso país poderá ter um forte crescimento económico igual ou superior à média europeia? Se sim, daqui a quanto tempo?
João Loureiro
Em caso de ataque Aliado à Síria, a curto prazo, qual será a posição da Comissão Europeia ?
João Paulo Ameixa
É visível que Portugal tem tido um papel cada vez mais na UE, mas será este papel ainda pouco relevante? Poderia Portugal dar um maior contributo no futuro e envolver-se ainda mais nas decisões europeias?
João Pedro Ceia
Exmo. Dr. José Durão Barroso



Nos dias de hoje qual o sentido de programas de subsídios a nível europeu, nomeadamente a política agrícola comum?
Joel Araújo Alves
Boa tarde Dr;

Numa época em que, mais nunca, se urge a exaltação de intervenientes de qualidade na nossa esfera político-partidária, estaria disposto a regressar "ao activo", em Portugal, e ajudar a contrariar este tipo de fantasmas?
Jorge Ribeiro
Gostaria de perguntar quais são para si as chaves para o sucesso.
José Lopes
Caro Dr. Durão Barroso saiu de Portugal de uma forma que foi encarada como precipitada. Depois do trabalho meretório que tem vindo a desenvolver na CE podemos augurar um regresso a um lugar de liderança do País?
José Lopes
Há Europa com mais Europa. Dr. Durão Barroso, da sua já longa experiência na Comissão Europeia, como avalia as nossas lideranças europeias? Está o espírito europeu em crise?
Maria Ana Condessa
Apesar de teoricamente a Europa ser unida, praticamente essa união está muito aquém de ser completamente realizada! Que medidas seriam assim necessário tomar cultural e politicamente para que essa união se concretizasse?
Maria Desidério
Qual a actual crise económica e de valores na Europa tem crescido o reaparcimento de movimentos nacionalistas. Tendo em conta o passado histórico negro do velho Continente Europeu, quais as medidas que as institutições Europeias pensam implementar por forma a incentivar o espírito da "cidadania Europeia"?
Marlene Lopes
Gostaria de saber qual a sua opinião, como Presidente da Comissão Europeia, face ao aumento exponencial da imigração de jovens licenciados no nosso país?
Marta Quintino Boura
Tendo em conta os tempos difíceis que actualmente vivemos, na qualidade de Presidente da Comissão Europeia, que conselhos dá aos jovens que têm o sonho de enveredar pela vida política?
Nuno Lopes
Em primeiro lugar permita-me que lhe agradeça, a sério, muito obrigado!!! O dia que mudou a minha vida e iniciou o meu interesse pela politica foi no meu primeiro comicio, quando foi candidato em 2002, tinha eu 9 anos e foi em Bragança, dei o "clique" para a politica e em especial ao PSD, e isso deve-se a si. Neste momento, qual acha que é a motivação, ou falta dela, que existe na população, para participar activamente nos partidos politicos?
Nuno Magalhães
A actual crise internacional trouxe e continuará a trazer mudanças de paradigmas e estruturais em todos os países e instituições dos países europeus. Considera que essas mudanças foram positivas ou negativas para a UE e seus países?
Nuno Mendes
Gostava de lhe perguntar o que o levou a se inscrever no MRPP sabendo que a sua ideologia é tão diferente actualmente, tem a ver com uma célebre citação do Sir Winston Churchill disse: "Se em novo não és comunista, não tens coração, mas se em velho nao és capitalista, não tens cérebro"; O que leva tantas pessoas a seguirem estes mesmos passos?
Patrícia Fernandes
Tendo em conta os níveis económicos evidentes nos diferentes países pertencentes à União Europeia, na sua opinião, qual será a solução para mudar o panorama da actualidade?
Paula Rocha
Exmo. Dr. Durao Barroso,



No plano de uma Europa que pretende construir um caminho conjunto e que procura garantir condicoes igualitarias para os Estados membros, nao seria viavel uma aposta nas pessoas (que actualmente se tornou moda nos discursos) atraves do envolvimento das proprias pessoas? Se os estados sao feitos por pessoas e nao pelo capital os publicitam, nao deveriam eles se unirem e resgata los das dificuldades - ver as pessoas antes dos numeros? A luz de uma "ONU" europeia?

Paulo Afonso
O que falta fazer para tornar a União Europeia cada vez mais a voz dos Europeus?
Pedro Cunha
Considera suficiente o que tem sido feito na reforma do sistema financeiro Europeu? Actualmente estamos mais bem preparados para resistir a uma nova crise ou para minorar os riscos da ocorrência de uma?
Pedro Ferreira
Quais os aspectos essenciais que a União Europeia terá de abordar nos próximos anos?
Renato Gomes
Que resposta tem para dar a União Europeia a nossa geração, que foi penalizada por decisões incorrectas anteriores que comprometeram o nosso futuro, de modo a permitir o equilíbrio intergeracional?
Ricardo Nora
Em primeiro lugar, gostaria que não encarasse isto como um "ataque" apenas e só à sua pessoa, apenas e só ao seu Partido. Não me refiro ao Partido A, ao Partido B. Já assistimos, por diversas ocasiões, a promessas feitas pelos vossos dirigentes nas suas campanhas eleitorais que no final nunca são cumpridas. A minha pergunta é simples: se é este o exemplo de credibilidade e diálogo que os políticos actuais oferecem aos nossos jovens?
Rodolfo Cardoso
Enquanto Português, como vê a fraca adesão dos Portugueses às urnas durante as eleições europeias? E enquanto Presidente da Comissão Europeia, como vê a fraca adesão dos Portugueses às urnas durante as mesmas eleições?
Rodolfo Cardoso
Enquanto Português, como vê a fraca adesão dos Portugueses às urnas durante as eleições europeias? E enquanto Presidente da Comissão Europeia, como vê a fraca adesão dos Portugueses durante as mesmas eleições?
Rúben Santos
Um dos princípio da génese da CE foi a solidariedade. A desconfiança que se lançou, por exemplo, sobre a Grécia, e mesmo as dificuldades que foram colocadas a Portugal, serão um reflexo da falta de solidariedade entre os Estados Comunitários? Continuam os valores de Roma presentes no seio da UE?
Sara Amaral
Numa Europa envelhecida e quando se projecta que a população jovem diminuirá ainda mais no futuro, e face à situação económica que assola a Europa e, em especial, os jovens, que medidas considera necessárias para impulsionar a autonomia dos jovens e consequentemente o desejo de constituição de família?
Sara Ramos
Acha que Portugal tem capacidade para executar o programa de ajustamento sem mais acidentes políticos nos prazos protostos?
Simão Pedro Santana
Porque é que optou por aceitar ser Presidente da Comissão Europeia em deterimento do lugar como Primeiro Ministro já numa altura em que Portugal estava, como disse na altura, "de tanga"?
Susana Coito
O que diria a todos aqueles que, ainda hoje, afirmam que abandonou Portugal quando mais precisava de si?